Preço do gás de cozinha segue estável

Jorge Guimarães 

Início de ano é sempre puxado para os consumidores brasileiros, período em que se acumulam muitas contas. E entre arcar com despesas de IPVA, material escolar, IPTU e matrículas, a Petrobras deu um presente de grego à população, ao aumentar os preços dos combustíveis e do gás de cozinha, em meados de março. O aumento, conforme a estatal, se deu devido à alta do dólar e à disparada do barril do petróleo diante do conflito entre a Rússia e Ucrânia, pois a política de custos aplicada nos últimos anos é a de seguir o mercado internacional.

Mas, com a queda da cotação do dólar, em torno de 1,02%, nos últimos dias, a estatal anunciou em 9 de abril, uma redução de 5,6% no valor do gás liquefeito de petróleo (GLP) vendido às distribuidoras. Assim o custo médio de venda pela estatal passou de R$ 4,48 para R$ 4,23 por quilo.

 

Preços

Quando do primeiro aumento do ano, 16%, em março, o botijão de gás de 13 quilos era comercializado em Divinópolis com preços até R$ 125, retirado direto do depósito. O valor médio, levantado pela reportagem em sete estabelecimentos, ontem, ficou em R$ 110, também retirado no depósito. Já para a compra direta no caminhão, o custo varia entre R$ 120 e R$ 125.

Um levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo em 16 pontos de vendas da cidade, na semana passada, mostra que o  valor médio encontrado foi de R$ 110, o mais baixo, R$ 105 e o mais alto, R$ 120. O que demonstra, pelos números, que o preço está estável na cidade e variando de acordo com cada distribuidora. 

 

Consumidor

O que mais intriga o consumidor é que as quedas de preços, tanto nos combustíveis quanto no gás, nunca chegam, em vias diretas, ao consumidor final. 

— Até a minha última compra, que foi na sexta passada, os preços estavam os mesmos depois do aumento de março. Estou no mercado há mais de 25 anos e vi poucas quedas de preços sendo repassadas ao consumidor, assim mesmo eram em centavos — frisou o comerciante Rolando Meneses. 

 

Já a dona de casa Daniela Veríssimo disse que vem buscando alternativas para aliviar o bolso.

— Estou cozinhando feijão no fogão a lenha, que tem na casa de minha mãe. Faço em quantidade maior, que dê para toda a semana. O mesmo acontece com as carnes. Armazeno na geladeira e vou gastando ao longo da semana — concluiu. 

 

Pesquisa

 

A reportagem entrou em contato com alguns pontos de vendas, mas a resposta era sempre a mesma: não se sabe ainda quando o preço vai baixar.

— Estamos seguindo o que nos foi passado pelas distribuidoras. Temos ainda um estoque grande que recebemos com o aumento, então a estratégia é aguardar um novo recebimento para ver o que vamos fazer. Mas no momento não sabemos afirmar qual dia o preço vai baixar— relatou a funcionária de uma distribuidora de gás, Maria de Fátima Dias.

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