Coluna Augusto Fidelis: Sonhos

Augusto Fidelis

Durante a Semana Santa, embora eu tenha dedicado boa parte do tempo às atividades na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, estive na Catedral do Divino Espírito Santo em pelo menos duas ocasiões, a convite do maestro José Carlos Gonçalves. Fiquei simplesmente encantado com as cerimônias: seriedade de todos os envolvidos, bom gosto, zelo com a liturgia, fidelidade ao protocolo. Portanto, o padre Paulo Sérgio Diniz Mendes, pároco da Catedral, atual administrador diocesano, merece todos os aplausos.

Na sexta-feira, a Ação Litúrgica das 15h foi presidida pelo padre Luís Fernando Alves Cruz, um jovem valoroso que não deixou nada a desejar. O Coral Municipal, com regência de José Carlos, deu o tom solene à cerimônia, que também contou com a participação de um batalhão de acólitos bem treinados, atentos aos detalhes. A Catedral estava lotada, portanto, o beijo da Cruz, com duas filas, caminhando na direção do crucifixo colocado no centro do altar, durou bastante tempo. Os fieis se mantiveram resignados e firmes no propósito de adorar a Jesus. 

Na Sexta-feira Santa não há missa, no entanto, há comunhão com as espécies consagradas na quinta, colocadas numa capela especial para a vigília, onde permanecem até o Sábado Santo. E a procissão que conduziu o Santíssimo dessa capela até o altar-mor, para distribuição aos fiéis, foi soleníssima, sendo os ministros encarregados de levar os cibórios conduzidos sob a umbela. 

Para quem não está familiarizado com essas palavras vale esclarecer o seguinte: cibório ou âmbula ou píxide é um cálice com tampa utilizado na liturgia da Igreja Católica para guardar as hóstias consagradas.   Quanto à umbela, é uma espécie de guarda-sol ou dossel portátil, sustentado por uma única vara central, para ser levado à mão, e que serve para cobrir, como sinal de distinção e honra, nos cortejos e procissões solenes, a pessoa ou objetos que se pretende honrar, neste caso o Santíssimo Sacramento.

Outro momento importante foi a missa de Páscoa, presidida pelo Padre Paulo Sérgio, com estreia do Coral Veni Creator, também com regência de José Carlos. Esse coral, que agora vem a lume, é a concretização de um sonho conjunto do pároco, do regente e equipe de liderança dos acólitos, que viam a necessidade da Catedral ter um coral oficial para as grandes solenidades na igreja-sede da Diocese. Inclusive, encontra-se aberto à participação dos interessados. Durante a celebração, Padre Paulo Sérgio confessou mais dois sonhos: a criação de uma banda de música e aprender a cantar. Que estes sonhos se realizem, são os meus votos

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