Consumo nos supermercados tem expansão de 1,31%

Jorge Guimarães 

 

Um dos segmentos de grande importância para a estabilidade da economia atualmente é o de alimentos e bebidas, que tem grande peso quando se calcula a inflação do mês, sendo o ramo supermercadista o principal gerador de empregos diretos e indiretos no setor. E para a alegria de muitos empresários, nos primeiros cinco meses deste ano, a demanda dos consumidores nos estabelecimentos mineiros cresceu 1,31% na comparação com igual período de 2022.  Esse é resultado do Índice de Consumo dos Lares Mineiros, pesquisa mensal da Associação Mineira de Supermercados (Amis), com empresas supermercadistas de todos os portes e em todo o estado.  

Em maio deste ano, mês de referência da pesquisa, sobre maio de 2022, houve crescimento de 3,70%. O índice, já deflacionado pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta ainda ligeira queda de 0,56% sobre abril.   

O presidente executivo da Amis, Antônio Claret Nametala, analisa o desempenho do consumo no setor nesse período, de janeiro a maio. Segundo ele, a retração na comparação de maio com abril é normal, porque o mês anterior apresentou uma base mais forte (+1,97) motivada pela Semana Santa/Páscoa.

 

— Isso, já sobre um crescimento de 7,97% em março, que teve o melhor desempenho nesses cinco meses —   aponta.   

O bom resultado e a expectativa de continuidade já fazem os empresários mirar nas negociações de produtos para o fim de ano. 

Um deles, José Libério de Souza, revelou que as vendas estão boas dentro do que era esperado e com ótimas perspectivas para o segundo semestre.

— Já iniciamos conversa com nossos fornecedores quanto às seções de frios e bebidas. A partir do mês que vem, já daremos a largada para as compras de aves congeladas, vinhos e produtos natalinos — diz o empresário. 

 

Já o gerente de loja de supermercados, Walter Wagner, fala que as vendas nas datas comemorativas do primeiro semestre foram o termômetro para o que possa a vir no segundo, pois Dia dos Pais, Crianças, Black Fride e Natal, são sinônimos de muita movimentação. 

— As vendas estão se superando cada ano, o que nos motiva a variar ainda mais nosso mix de produtos. E com as datas comemorativas do segundo semestre, as apostas são de boas vendas para os próximos meses, com destaque para as vendas de Natal e Réveillon — avaliou.

 

Fatores

 

Na avaliação do executivo da Amis, alguns fatores contribuíram de forma mais evidente para a manutenção do consumo. Claret aponta a redução da taxa de desemprego, as políticas de transferência de renda, além do aumento real do salário mínimo.

— É importante mencionar que a parcela da população atendida por esses programas de transferência de renda e a que recebe salário mínimo destinam a maior parte desses recursos para o consumo no lar, na aquisição de alimentos e demais itens de primeira necessidade — analisa. 

Ele aponta ainda a influência dos números do ano passado sobre o crescimento de janeiro a maio. 

— É importante ressaltar que esse resultado acumulado (+1,31%) se deu sobre uma forte base do ano passado, que foi de 7,64% — explica.  

 

Regiões 

 

A região central foi a que apresentou maior crescimento da demanda no acumulado do ano, com 5,45%. Foi também a única a apresentar resultado positivo em maio sobre abril (0,87%). Na sequência, o Triângulo e Alto Paranaíba registraram o segundo maior crescimento, com 4,36%. São regiões, conforme a  entidade, que sempre se destacam no setor de forma geral, pela pujança das suas economias, sobretudo, na capacidade de geração de emprego e renda. Já a região Centro-Oeste, tem um acumulado no ano de 1,15%.

 

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