Preto no Branco 12/09/2023

Aff!

É esta e outras palavras tidas como gírias, que muita gente fala, quando alguém toca num assunto: política local. Na verdade, boa parte não acompanha, não discute e muito menos cobra de quem elegeu. Mas, quem ainda tem esperança em mudanças e quer o melhor para a cidade e sua população, também já está se cansando. Entra semana e sai semana, e se vê apenas, o mesmo do mesmo. Assuntos e discursos repetidos e quase nenhuma solução efetiva. Ou seja, roda, roda e volta para o mesmo lugar. Enquanto isso, o tempo está passando, 2024 está logo ali e muitos trabalham por fora visando um dos cargos disponíveis na disputa do ano que vem. É bom alguns “acordarem para vida”, aproveitar o período e começar a plantar com abundância, se não, a colheita pode ficar muito comprometida! 

No páreo?

Talvez nem todos dos atuais 17 vereadores da Câmara entrarão na disputa em 2024. Entre 4 ou 5, vai depender dos resultados da operação “Goela Alva”, desencadeada pelo Ministério Público (MP) por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado  (Gaeco). Por mais que a participação de algum deles seja menos ardilosa, virá à tona e muitos vão julgá-lo como “farinha do mesmo saco”, o que pode fazer um grande estrago nas urnas. Assim, se tiver juízo e senso, não entra no processo. Fontes disseram à coluna que tem cada depoimento de arrepiar todos os pelos do corpo. Além disso, o resultado pode está prestes a ser divulgado. E que tem gente com “uma pulga atrás da orelha”. E bota pulga nisso!

Oitivas de volta 

Após uma semana praticamente morta por causa do feriado de 7 de setembro, a CPMI dos Atos Antidemocráticos volta à ativa hoje.  Será a vez da ex-subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal Marília Ferreira Alencar prestar esclarecimentos. A oitiva foi solicitada por parlamentares de oposição ao governo. No requerimento, que pede a convocação, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) e o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) ressaltaram que o interventor federal Ricardo Cappelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, exonerou nove agentes de segurança nomeados em cargos da secretaria, incluindo Marília Ferreira. À época, o interventor afirmou que não houve ordem de serviço ou plano operacional do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal para a atuação policial no dia, mesmo depois de informado sobre os ataques pela Inteligência da Polícia Federal. Caso seja provado, mostra de forma muito clara, mais uma vez, que os cargos ocupados na política brasileira são para atender aos interesses dos chefes, não os anseios da população. Por isso as trocas são tão comuns nos períodos de campanha. “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”! Ou quem não tem vergonha? 

Ações penais 

Ainda sobre o 8 de janeiro, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta semana o julgamento das primeiras quatro ações penais contra acusados de participação nos atos. As sessões extraordinárias estão agendadas para amanhã e quinta-feira.  Nos processos, os réus respondem pelas práticas de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A princípio são quatro acusados de participar da execução do ato de vandalismo contra os prédios públicos da Praça dos Três Poderes. O ministro Alexandre de Moraes abre o julgamento, quando faz leitura do relatório, que é o resumo do caso e das movimentações do processo. É também o primeiro a votar. Os casos serão julgados individualmente e somadas  as penas podem chegar a 30 anos de reclusão. Claro que as defesas prepararam um mega material com inúmeros argumentos! Por isso, as condenações não devem chegar a isso tudo. Mas, que vão sair ilesos, não vão mesmo. Isso é fato.  

Violência e feminicídio 

São dois assuntos em debate hoje no 5º encontro com a Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A violência na política contra as mulheres é tema frequente e atual, por isso, está sempre no foco. Feminicídio nem se fale. Neste sentido, a importância dessa abertura para a discussão e a série de  encontros realizados pela Procuradoria da Mulher da ALMG consolida um de seus papéis, que é colaborar para o enfrentamento das discriminações e violências, por meio do recebimento e da análise de denúncias e do encaminhamento dos casos aos órgãos competentes. Diálogo de suma importância entre o Poder Legislativo e os públicos ligados a esse tema, no sentido de disseminar informações e incentivar a criação de outras ações de apoio à mulher em cada canto de Minas.

 

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