Adriana Ferreira
O contrato com a Trancid está suspenso e estão discutindo sobre a nova empresa que assumirá o serviço. Será que diante das várias intenções e pretensões de gratuidade, alguma empresa vai querer encarar? Vejamos.
Edis a favor
O vereador Ademir Silva (PDT), autor do projeto de gratuidade de transporte para idosos a partir dos 60 anos, espera unanimidade. Seus pares, favoráveis ao projeto, garantem que a prefeitura tem meios de garantir a benesse sem que isso represente mais custos e tem que ter trocador também. Além disso, o vereador Edson de Sousa (CDN) de maior defensor do prefeito a maior adversário sabe-se lá a razão, defende que a gratuidade também deve beneficiar os atiradores do Tiro de Guerra. E tem mais!
André Ferreira
Assessor da deputada estadual Lohanna França (PV), e presidente do PDT, afirmou que a nova empresa que virá para Divinópolis já sabe que terá algumas gratuidades, sendo a para os idosos com mais de 60 anos a primeira delas. Tem ainda a dos estudantes, dos pacientes oncológicos e das mulheres vítimas de violência doméstica. Segundo ele, é necessário também que haja mais linhas, wifi e ar condicionado. Segundo o assessor, é preciso discutir mobilidade urbana para além da tarifa.
Constrangimento
Como uma pessoa vítima de violência doméstica vai se identificar? Vai ter carteirinha de vítima? Merece uma reflexão!
E mais
Há ainda quem defenda gratuidade para toda a população nos finais de semana. É gratuidade que não acaba mais! Esta colunista sugere serviço de bordo com cafezinho, pão de queijo, suco e água mineral com gás e sem gás. Qual empresa se habilitará? Oremos!
Mas em outros países…
Sempre há comparações com outros países onde o povo tem o tratamento que merece por ser o pagador da conta e é respeitado por isso. Os países que usamos como exemplo, não têm três poderes tão caros e ineficazes quanto os nossos. Na Suécia o primeiro-ministro, autoridade máxima do governo, tem um único assessor pago pelo Estado e um apartamento funcional. E no Brasil? Aqui a história é bem diferente. Haja regalias! E quanto mais difícil fica para o povo, mais benesses são criadas para os poderes e o povo vira pombo brigando por migalhas.
Bom senso
Benefícios para a população são necessários. É direito, mas é preciso critério. A gratuidade de transporte deve existir sim, para quem precisa, pois a conta vai para o trabalhador. No final é sempre nas costas do trabalhador. Esta colunista conheceu um rapaz que trabalhava para pagar os estudos e ajudar os pais doentes. Ele recebia quatro vales transportes por dia. Usava dois para estudar. Quando o empregador descobriu, o demitiu por justa causa, confirmada pela Justiça do Trabalho em duas instâncias. Esse estudante merecia a gratuidade de justiça. Muitos na casa dos 60 nem se consideram idosos, considerando ainda o aumento na expectativa de vida do brasileiro. E muitos estão aposentados e estão trabalhando não por necessidade e sim por não “aguentar ficar parado”. Será que até esses precisam da gratuidade? Então é preciso ter critério. Garantir a quem precisa e claro, corte nas cada vez maiores despesas públicas. Aí a magia acontece!
