Este PB cravou na edição do dia 14 de dezembro do ano passado, que a Executiva Nacional do MDB teria deixado no passado o legado do ex-prefeito Galileu Machado para atender um pedido do deputado federal Hercílio Diniz. A confirmação veio na última semana, quando Machado anunciou sua saída do partido após quase meio século. Isso mesmo: foram 48 anos de dedicação total à legenda. Hercílio teve 1.102 votos em Divinópolis em 2022, o mais bem votado da sigla na cidade, e agora detém o poder de escolher com quem fica o antigo PMDB. Lastimável, se analisada e valorizada história de Galileu com o partido. Como disse a coluna em dezembro último, “uma punhalada pelas costas”. Fiel a sigla, defensor com “unhas dentes”, e por mais de quatro décadas a comandou com afinco. Os próximos capítulos vão mostrar o desfecho e o nome da vez do parlamentar na cidade.
Só observo
As costuras de bastidores e a clarividência da intenção de alguns, ocupando cargos ou não, na busca da melhor colocação para a disputa de outubro, a todo vapor. Quem está fazendo o mesmo é Galileu, que, por enquanto, é enquanto será um observador. E não é qualquer um. Privilegiado. Não só pelo fato de conhecer como ninguém as manhas da política, mas de fora, consegue analisar muito melhor o cenário para dar o “bote certo”. Vai analisar as possibilidades, porém, as circunstâncias apontam para um dos partidos integrantes da Federação, composta por: PT, PV e PC do B, a qual apoia Laís Soares (PSD), como pré- candidata a prefeita, que pode ter um vice de uma destas siglas. Ou, dependendo da situação do momento, ser vice de um deles. O certo é que o prazo está encurtando e daqui até 6 de abril, quando encerra o prazo para a troca de partidos, a movimentação será intensa.
Zé Brás no MDB?
Um sai e outro pode estar próximo de entrar. Com Galileu fora, o MDB com o dedo, aliás, a mão inteira de Hercílio Diniz, começou a paquerar outros nomes que possam integrar a legenda para as disputas deste ano. Nos corredores do Legislativo, a aposta é que o alvo é o vereador Zé Brás, ainda no PV, mesmo tendo sido convidado a sair pelo presidente do partido local, Rodyson do Zé Milton. Que ele vai sair, isso é fato. O desgaste no ano passado com as direções da sigla seria um fato complicador numa possível candidatura à reeleição para o enfermeiro, em seu primeiro mandato. Agora, se o destino é o MDB, os próximos dias dirão.
Acompanhou a ex
Dos atuais vereadores, Edsom Sousa foi o primeiro a anunciar a troca de partidos em 2024. Ele deixou o Cidadania de Josafá Anderson e vai se juntar à ex-presidente da legenda, Laiz Soares, no seu atual reduto, que é o PSD. Souza que anteriormente vislumbrou a possibilidade de disputar a principal cadeira da cidade, a de prefeito, deve mesmo é se juntar a frente ampla, grupo que conta com diversas legendas e integrantes, formado para desbancar uma possível candidatura à reeleição de Gleidson Azevedo (Novo). O prefeito, por enquanto, opta em não confirmar sua participação na disputa. Mas, entre seus apoiadores íntimos e colegas de mandato, isso é dado como certo. Mas, a certeza mesmo até aqui, é que a disputa vai pegar fogo. E já tem gente com o pavio aceso, esperando só o momento.
Corrida acelerada
E como dito acima, os ocupantes de cadeiras na Câmara em Divinópolis se movimentam em busca de um partido que facilite suas reeleições. O prazo para o troca-troca, começou no último dia 7, se estendendo até 5 de abril. Neste período é possível a desfiliação partidária para mudança de legenda por vereadores que queiram continuar no cargo ou pretendam concorrer ao de prefeito. Já o dia 6 do mesmo mês é a data-limite para que partidos políticos e federações que queiram participar das eleições registrem, no TSE, os respectivos estatutos. Mesmo prazo para registro do domicílio eleitoral. Ou seja, a corrida de datas mal começou e já está acelerada. Quem chegar na frente, bebe água limpa.
