A cultura dos fogos de artifício

Os fogos de artifício tomaram ontem as rodas e conversas políticas da cidade. Tudo por conta de um projeto do vereador Flávio Marra (PRD), que inspirado em uma lei do ex- governador do Estado de São Paulo, João Dória (PSDB), e em diversas cidades como Belo Horizonte, apresentou um projeto de lei que proíbe o uso de fogos de artifício com estopim. Projeto aprovado na Câmara de Divinópolis nesta terça, 19, visa defender os animais, as crianças, idosos, pessoas autistas, ou qualquer um que tenha algum incômodo ou sofra algum mal devido ao barulho causado pelo estopim.

O assunto que vinha sendo discutido trouxe à Tribuna da Câmara, a advogada Adriana Ferreira. Natural de Santo Antônio do Monte, utilizou o espaço  para defender não só as famílias que dependem da economia de Samonte, como os filhos da ‘terra’ de lá que vivem e estudam aqui por conta do capital gerado pelas empresas de artefatos e fogos da sua cidade. A pauta ganhou os corredores da Câmara e as rodinhas políticas da cidade.

Soltar fogos de artifício é uma cultura que ultrapassa os tempos, e durante a história seu uso era diversificado.

Foram utilizados de várias maneiras ao longo da história, dependendo da época e da cultura. Aqui estão alguns exemplos de como foram usados em diferentes povos e épocas:

China antiga: Os fogos de artifício foram originalmente inventados na China antiga e eram utilizados em cerimônias religiosas e festividades para afugentar espíritos malignos. Eles eram vistos como símbolos de boa sorte e eram uma parte essencial das celebrações do Ano Novo Chinês e de outras festividades importantes.

Europa Medieval e Renascentista: Na Europa, eram frequentemente usados em celebrações da nobreza, como casamentos, coroações e festivais religiosos. Eles também eram usados em festas públicas e eventos comunitários para entretenimento e para marcar ocasiões especiais.

Séculos XVIII e XIX: Se tornaram mais populares em celebrações nacionais e eventos públicos em toda a Europa e América. Eles eram frequentemente usados para comemorar vitórias militares, aniversários de monarcas e eventos políticos importantes.

Século XX em diante: Com o avanço da tecnologia, os fogos de artifício se tornaram mais elaborados e espetaculares. Eles são usados em uma ampla variedade de eventos, desde grandes celebrações nacionais e festivais até eventos corporativos e privados, como casamentos e inaugurações. Além disso, são frequentemente usados em competições internacionais de pirotecnia, onde equipes de todo o mundo competem para criar os shows mais impressionantes.

Existem vários motivos pelos quais as pessoas soltam fogos de artifício. Alguns dos principais são:

Celebrações de feriados: São frequentemente usados para celebrar feriados como Ano Novo, Dia da Independência, Dia Nacional e outros eventos culturais e religiosos importantes.

Comemorações de eventos especiais: Eles são usados para comemorar eventos especiais, como casamentos, aniversários, inaugurações, vitórias esportivas e outras conquistas significativas.

Festivais e eventos culturais: Muitos festivais e eventos culturais em todo o mundo incluem fogos de artifício como parte de suas celebrações tradicionais, como o Festival de Lanternas na China, de Diwali na Índia e o Bonfire Night no Reino Unido.

Entretenimento e espetáculo: São frequentemente usados como forma de entretenimento em shows, concertos ao ar livre, parques temáticos e outros eventos públicos.

Fins religiosos: Em algumas culturas são usados em rituais religiosos como uma forma de louvor, adoração ou purificação.

Atração turística: Em muitos destinos turísticos populares, os fogos de artifício são usados regularmente para atrair visitantes e criar uma atmosfera festiva.

Tradições regionais: Em algumas áreas, os fogos de artifício são parte integrante das tradições locais e são usados regularmente em eventos comunitários e festividades regionais.

Esses são apenas alguns dos principais motivos pelos quais as pessoas soltam fogos de artifício, mas há muitos outros contextos e ocasiões em que eles são usados em todo o mundo.

Tem pauta para a cultura? Envie para welbertonha@gmail.com

Welber Tonhá e Silva 

Imortal da Academia Divinopolitana de Letras, cadeira nº 09

Imortal da Academia de Letras e Artes Luso-Suiça em Genebra, cadeira nº C186

Membro da Academia Mineira de Belas Artes

Historiador, escritor, pesquisador, fotógrafo e fazedor cultural.

Instagram: @welbertonha

Related posts

A Cultura da escravidão na era moderna

A escravidão na Idade Média, uma cultura crue

A cultura da escravidão na Antiguidade