Da Redação
Depois de Uberlândia e Betim, Divinópolis é a próxima a receber as ações do programa “Comunidade Empreendedora”. O lançamento da ação do Sebrae Minas em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, acontece na próxima terça-feira, dia 26, às 10h, no 5º andar da Cidade Administrativa.
A ação visa estimular a iniciativa empreendedora e os pequenos negócios de vilas e favelas do Estado para melhorar a gestão dos empreendimentos e a geração de emprego e renda. O encontro em Divinópolis contará com a presença de lideranças comunitárias, autoridades e donos de pequenos negócios.
Comunidade da ‘Lajinha’
Ao todo, 36 empreendedores da comunidade da “Lajinha”, no bairro São João de Deus, serão mapeados pelos quatro agentes selecionados pelo programa. O local foi escolhido conforme diagnóstico do adensamento de potenciais empreendedores, das lideranças minimamente estruturadas e da abertura para receber capacitações das instituições envolvidas no projeto.
— A Lajinha é uma comunidade tradicional em Divinópolis, com população carente, mas com vários empreendimentos com potencial para crescer. O programa visa selecionar pequenos negócios locais que já têm uma estrutura mínima e que posteriormente vão receber capacitações com foco em gestão, finanças e melhoria nas vendas — explica o analista do Sebrae Minas, Dênis Magela.
Agentes de comunidade
O “Comunidade Empreendedora” vai atender em 2024, 13 vilas e favelas, sendo sete em Belo Horizonte e outras seis em cidades da Região Metropolitana e do interior –, Betim, Ribeirão das Neves, Caratinga, Montes Claros e Uberlândia serão as demais cidades.
A partir do levantamento dos potenciais empreendedores, o órgão fará diagnósticos e atendimentos personalizados com o intuito de impulsionar o desenvolvimento dos negócios. Até o final deste ano, a meta é realizar cerca de 21 mil atendimentos nas vilas e favelas selecionadas.
Em dezembro do ano passado, a instituição iniciou o processo de seleção de agentes de comunidades: estudantes de curso técnico ou superior, maiores de 18 anos e que residam nas comunidades a serem atendidas.
No total, serão cerca de 50 agentes selecionados e capacitados para identificar as necessidades dos empreendedores, a forma como empreendem, o tipo de negócio e as principais dificuldades na gestão dos empreendimentos.
Informalidade
Em 2022, o Sebrae Minas realizou, em parceria com o Data Favela/Instituto Locomotiva, uma pesquisa em 12 comunidades mineiras, além de um estudo qualitativo, que mostrou que 69% dos empreendedores delas são informais.
Entre os 31% dos formalizados, a maioria (79%) são microempreendedores individuais (MEI). Praticamente todos os entrevistados (91%) têm empreendimentos na própria comunidade onde residem, sendo 41% funcionando em um ponto comercial, 26% na própria residência e 18% na rua.