Bruno Bueno
A defesa da biomédica Lorena Marcondes acaba de entrar com um habeas corpus, solicitando a revogação da prisão preventiva. A profissional foi detida na manhã de hoje em Nova Lima.
O advogado da biomédica deu mais detalhes sobre o pedido ao Jornal Agora.
— A defesa da biomédica Lorena Marcondes, ao tomar conhecimento da prisão, imediatamente impetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça. Ressaltamos que a biomédica estava aguardando a finalização do inquérito em liberdade, e desde o início das investigações, colaborou plenamente com as autoridades competentes. Confiamos na justiça e temos a convicção de que a verdade prevalecerá, restabelecendo a reputação e a liberdade de Lorena Marcondes — ressaltou.
Detalhes
No pedido, o advogado alega que Lorena sempre contribuiu com a Justiça. O documento menciona ainda que o filho da biomédica, de 9 anos, é “totalmente dependente de seus cuidados”.
Dentre os argumentos, o advogado cita que Lorena teve sua primeira prisão preventiva, em 8 de maio do ano passado, substituída por prisão domiciliar. Na avaliação da defesa, caberia a Justiça tornar mais rígida a prisão domiciliar “e jamais no presídio convencional”.
— Ora, se a paciente de fato descumpriu alguma medida cautelar, totalmente irrazoável sua prisão preventiva visto que o próprio Tribunal já teria anteriormente determinado a domiciliar da paciente uma vez que ela é mãe de filho menor de 12 anos. (…) Ademais, a mesma autoridade coatora revogou essa prisão domiciliar em 15/08/2023 ao reconhecer a demora da autoridade policial para concluir o inquérito — defende.
O documento revela também que um dos fundamentos da prisão preventiva, concretizada hoje, se deu em razão do alegado descumprimento de medidas cautelares, no constrangimento de uma das testemunhas por meio das redes sociais. O advogado ressalta que a própria Lorena denunciou a testemunha por omissão de socorro à vítima e que o eventual constrangimento foi feito por um perfil sem qualquer ligação com a biomédica.
O advogado também reforça que informou à Justiça, em março deste ano, sobre a mudança da biomédica para Nova Lima, inclusive com endereço atualizado para futuras intimações. Pediu, ainda, a restituição dos objetos pessoais e da clínica já periciados ou que não possuem mais interesse à investigação.
— Portanto, a paciente nunca se furtou em esclarecer a morte da vítima e sempre contribuiu com a justiça ao longo da persecução independentemente de intimação judicial ou requisição policial — conclui a defesa, que pede a concessão de liminar para o direito à prisão domiciliar.
No mérito, a solicitação é pela revogação da prisão preventiva ou que Lorena seja mantida em prisão domiciliar.
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