E o Congo?

CREPÚSCULO DA LEI – Ano VI – CCLXXV

“Holocausto” não é propriedade histórica de nenhum povo ou nação, como Israel faz por propagandear. Muitos outros já aconteceram na experiência trágica da humanidade, embora nem tantos com grande fama ou expressividade midiática.

Veja-se o caso do Congo – África – que já foi vítima de um holocausto belga no século XIX, com quase 20 milhões de vítimas, e agora está sendo vítima de outro holocausto já vitimando mais de 6 milhões de atingidos, direta e indiretamente.

Sim, o Congo está sofrendo outro holocausto e a mídia calada.

Quem está por trás desta nova violência contra a humanidade?

Fácil de responder ao se conferir o lastro histórico colonialista mantido pelos mesmos protagonistas da violência planetária: o imperialismo ocidental envolvendo um eixo genocida perpetrado por EUA, França, Inglaterra e Israel (eis que o sionismo israelense está envolvido em diversas práticas atentatórias contra a humanidade).

Este eixo genocida – estelionatários e latrocidas – está atuando no Congo através de Ruanda, de onde são financiados os ataques dos Tutsis e o exército de mercenários M23.

De fato, o capitalismo ocidental não permite que a África possa viver, conviver e se desenvolver em paz. Estão constantemente impondo golpes e massacres no continente. Tanto mais crise, massacres e golpes, mais lucros.

Para tais fins EUA, França, Inglaterra e Israel estão agindo através de Ruanda por conta de um ditador fascista no poder a mais de 20 anos.

O nome do sujeito apadrinhado do eixo genocida é Paul Kagame, um ditador sanguinário em Ruanda desde 2000 e que faz de Ruanda praticamente um enclave do imperialismo capitalista quase no centro do continente.

O ditador, fascista, Kagame chegou ao poder em Ruanda em abril de 2000 trazendo consigo sua força de milícias – sempre assim – denominadas “Frente Patriótica de Ruanda” (RPF). Eis outro dado constante que é a insistência de ditadores em associarem seus golpes a signos semânticos de cunho legítimo como democracia e libertação (…).

A ação financiada de Kagame e sua milícia Tutsi M23 no Congo se deve ao fato deste país ser reconhecido como uma das regiões mais ricas em recursos minerais do mundo. 

O Congo é o maior produtor mundial de cobalto, fundamental para baterias de veículos elétricos, eletrônicos e equipamentos industriais. Também possui grandes reservas de cobre e ouro, mas a grande ambição vem do mineral coltan.

O coltan (columbita – tantalita) agrega dois metais preciosos, o tântalo e o nióbio, necessários para a fabricação de dispositivos eletrônicos de alta tecnologia, como laptops e smartphones.

Rico em minerais, fadado à pobreza.

Ora, a questão central na geopolítica planetária é que o capitalismo somente dá certo quanto aos seus propósitos, quais sejam, uma hipertrofia da riqueza para poucos em expansivo detrimento da miséria e morte de muitos, mediante a espoliação e a exploração violenta.

Esse capitalismo financeiro é um monstro que se alimenta do conflito e da barbárie, e ele não permite o materialismo social das nações livres e autodeterminadas em seu progresso.

Gaza e Congo são apenas experimentações da (pulsão de) morte para padrões ainda maiores e que se vislumbram inexoravelmente em vias de um “pau mandado” ucraniano: uma guerra próxima contra a Rússia já anunciada. 

Seguramente, este apocalipse não terá jeito de ser macetado. 

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