Preto no Branco: Chapa completa 

E a costura em Divinópolis para a disputa de outubro segue movimentada. Alguns partidos já definiram grupos para a disputa, em especial visando cadeiras na Câmara. A  federação dos partidos PV, PCdoB e PT, por exemplo, terá chapa completa para as eleições proporcionais com 18 candidatos. O número de vagas é dividido de acordo com a representatividade de cada legenda na composição do próprio Legislativo. Com dois vereadores eleitos no pleito de 2020 e sendo o único das três siglas com representatividade na Câmara, o PV tem direito a um maior número de vagas na composição partidária. Se apenas o Partido Verde e aliados têm essa quantidade, imagina quantos serão com as definições dos outros partidos. Nas últimas eleições, o número de candidatos a vereador passou de 300, o que não deve ser muito diferente nesta disputa. Lembrando que são apenas 17 vagas para esse montante de concorrentes. Então preparem as pernas, ou melhor, os sapatos e a garganta para os vídeos, porque a corrida já começou. 

Votos somados 

Em uma disputa tão ferrenha, nunca é demais lembrar que os atuais vereadores, por enes motivos, levam vantagem na corrida. E se torna ainda mais concorrido nestes ano, visto que apenas dois deles, Ademir Silva (MDB) e Kaboja (PSD), afastado, por enquanto, não disputarão a reeleição. Então, são 16 à frente de dezenas que correm por fora. O que não significa que todos vão conseguir permanecer no Legislativo, mas uma boa parte, certamente. Como o processo começou esquentar desde o ano passado, em especial nas redes sociais, os embates prometem. No caso das federações partidárias, nas quais muitos vereadores estão inseridos, os votos adquiridos por todas as legendas são somados para estabelecer quantas vagas são conquistadas. As cadeiras são preenchidas pelos candidatos mais votados do conjunto. O que significa que a briga será boa também dentro destes grupos. 

Para a Prefeitura 

No caso da federação dos partidos PV, PCdoB e PT, o mais certo é que não haverá candidatura própria. O  grupo faz parte da chamada “frente ampla”, que travará um embate com o atual prefeito Gleidson Azevedo (Novo) em caso de candidatura à reeleição, deve caminhar com Laiz Soares (PSD). Até então, único nome confirmado como pré- candidata à principal cadeira do Município. Ainda não foi anunciado um possível vice. No entanto, os nomes dos ex-prefeitos Demetrius Pereira e Galileu Machado estão no páreo, além do vereador Ademir Silva que já confirmou sua intenção de entrar na disputa pelo Executivo. Os próximos capítulos ainda estão sendo escritos. Aguardemos a divulgação. 

Tempo urge 

E quem tem intenção de entrar de vez no processo precisa correr contra o tempo. Abril bate à porta e os prazos estão findando. O dia 6, por exemplo, já é na próxima semana e é data limite para a filiação partidária para se candidatar. Também é o prazo para que partidos políticos e federações que queiram participar das eleições registrem, no TSE, os respectivos estatutos. Além disso, as pessoas interessadas em participar da disputa devem estar com domicílio eleitoral registrado no município que desejam concorrer a algum cargo. Isso significa que na semana do dia 8 de abril em diante, o cenário local deve ter novidades.

Na Federal 

E o ano político e a semana decisiva não vão movimentar somente os municípios, onde acontecem as eleições neste ano. Na Câmara Federal não haverá sessões entre os dias 1° e 5, pois os nobres deputados vão ficar por conta de atuar no troca-troca. Por isso, a decisão sobre a confirmação da prisão de Chiquinho Brazão, colega de parlamento, acusado de encomendar a morte da vereadora Marielle Franco, ficou para a segunda semana de abril. Espantoso, mas é verdade. Como se eles não dessem conta de conciliar, visto que ficam por conta do cargo e ganham muito bem para isso. Como o povo deixa fazer o que bem querem, quem vai impedir? 

Menos da metade 

E se levar em conta o levantamento feito pelo G1 na última janela partidária, a mudança será pequena. A pesquisa feita pelo canal de comunicação no ano passado, mostrou que apenas 23,8% dos deputados federais (122 dos 513 da Câmara) trocaram de partido. Como boa parte já está de olho em 2026, é claro, a movimentação pode ter um acréscimo. Sem contar aqueles que deram lugar aos suplentes para concorrer ao cargo de prefeito em seus respectivos municípios. Uma coisa é certa, lá ou cá, o cargo é rentável e vantajoso. 

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