Preto no Branco: Vai polarizar?

Pelo jeito, sim. Em uma semana decisiva eleitoralmente, quando findam os prazos da Justiça Eleitoral, ainda não surgiram novidades sobre nova chapa para a Prefeitura para enfrentar Gleidson Azevedo (Novo), caso se confirme, e Laiz Soares, pré-candidata pelo PDT. A não ser que, até sexta-feira, no apagar das luzes, surja algo diferente. Uma coisa é certa: se depender do PT e PL, rivais ao extremo, e que lideram a esquerda e a direita no Brasil, nada deve mudar. Cada um vai apoiar o seu e pronto. A curiosidade passa a ser agora acerca dos nomes. Aguardemos. 

Fim da reeleição

E não dá para falar em formação de chapas para o Executivo sem nos atentarmos com o fato de a minoria disputar um segundo mandato. Só não vai além porque não pode. Assunto que vira e mexe é discutido no país. Agora, por exemplo, uma pesquisa do Datafolha mostra que a maioria dos brasileiros é contra o fim da reeleição. De acordo com o levantamento, 58% dos entrevistados querem manter o direito de votar pela reeleição de seus governantes e 41% responderam que são contra a reeleição. Os 2% restantes não souberam responder. Dá para entender? Não por acaso, o ditado “o povo tem o governo que merece” é tão falado. 

No Congresso 

O debate sobre o representante exercer apenas um cargo sai exatamente do meio povo, representando em alguns segmentos, como o empresarial. No entanto, ganhou espaço no Congresso nos últimos meses. Muitos parlamentares apontam a reeleição como um dos graves problemas da política brasileira, uma vez que presidentes e governadores eleitos atuam ao longo dos primeiros anos pensando em seu novo resultado nas urnas. E alguém tem alguma dúvida disso? Basta prestar atenção na diferença em termos de benefícios para a população, entre um mandato e outro. 

PT é maioria 

E foi exatamente do Congresso que veio a aprovação, por meio de uma polêmica PEC, a tal da reeleição. Passou a valer em 1997, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O levantamento mostra que a defesa da reeleição é mais forte entre os entrevistados que se declaram petistas: 67% deles são a favor de que o direito siga como está. Já os entrevistados que se declaram bolsonaristas, 54% responderam que são a favor da reeleição. Os mandatos de Lula (PT) emendados com o de Dilma Rousseff  comprovam que a maior parte favorável viria da esquerda. Porém, o número da direita pode ser menor, mas a maioria também concorda. Ou seja: não tem para onde correr. 

Presidente sem povo”

E como essa disputa polarizada e ridícula entre direita e esquerda está longe de acabar, os “cutucões” surgem a todo momento. No mais recente, o ex-presidente  Bolsonaro alfinetou Lula, nesta terça-feira,  em Uberaba, no Triângulo Mineiro. Ao desembarcar na cidade para compromissos com aliados – fazer campanha para o pré-candidato a prefeito -, Bolsonaro chamou seu sucessor de “presidente sem povo”. Os apoiadores, como de costume, foram ao delírio. É aquela coisa: “gosto é igual pescoço”…

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