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Não se brinca 

by JORNAL AGORA

Divinópolis vem passando por uma situação lamentável na Saúde. E não é de hoje. A construção da UPA para onde foi transferido o antigo Pronto-Socorro Regional, gerou, talvez, a maior expectativa na população judiada, que depende do SUS. Mas mal sabia ela, que seria também a maior decepção no sentido de oferecer um atendimento, no mínimo, razoável para as pessoas que buscam ajuda porque não tem onde a quem recorrer. O motivo? Simples. A terceirização da gestão. E disso, todos os prefeitos que conduzem Divinópolis estão cansados de saber, inclusive, o que construiu o prédio, Vladimir Azevedo. Com saúde não se brinca. É a mesma coisa de delegar sua obrigação junto ao seu filho, a um terceiro que não conhece nada dele e não o trata com amor e dedicação. A maioria, infelizmente, só pensa no rendimento do fim do mês. Um desastre total na vida de um ser humano que pode ter sequelas para o resto da vida. É o que se vê na UPA desde a primeira gestão da Santa Casa de Formiga. Não deu certo e não dará. Será que é difícil enxergar isso? Ah, o Município não dá conta de assumir. A resposta é sempre a mesma. “Se virem nos 30”. É para isso que se tem representantes na Assembleia, nas Câmara Municipal e Federal e no Senado. O que não é mais tolerável é continuar assim. 

Desandou de vez 

A situação da unidade, que já estava desgastada e com cobranças brotando de todos os lados depois da morte de duas pacientes, uma de 27 e outra de 28, há cerca de 15 dias, declinou ainda mais na última semana. A demanda pediátrica disparou devido a doenças típicas do período de transição de estações, sem vagas na unidade, nem em hospitais particulares. Ao todo, 16 crianças, 12 de Divinópolis e 4 da região aguardavam por uma vaga, uma delas, não resistiu. E o sofrimento não se resumiu apenas aos pais dela — imensurável — mas dos outros que seguiam à espera de um leito, temerosos que pudesse ocorrer o mesmo com seus filhos. Um caos sem precedentes. Foi quando uma reunião extraordinária convocada pelo prefeito no fim de semana, com ajuda do senador Cleitinho, espremeu o Estado e as vagas começaram a aparecer pouco a pouco. Mas, a pergunta é: precisou chegar nesse ponto? Por que as providências não foram tomadas antes? Principalmente por parte do Estado que é gestor da central de regulação. A verdade é que faltou uma cobrança mais firme também por parte de todos os representantes da cidade, sem exceção. Afinal, para que serve ser aliado do governador — só a deputada Lohanna que não —, se ele prioriza outras regiões? Se continua ensebando para entregar o Hospital Regional que resolveria em partes o problema? Nos ajuda aí! Ter um aliado desse, “é dormir com o inimigo”. 

Interesses próprios 

“Se não consegue ajudar, melhor calar a boca”. O que aparece de “urubu” nestas horas também “não está no gibi”. Quando chega a este ponto, o que aparece de gente dando opinião, criticando, apontando dedo, culpando A  ou B, não dá para contar nos dedos. Por que não apareceu antes, não ofereceu ajuda, não uniu forças? O que está em jogo não é essa divisão ridícula de direita e esquerda, são vidas. E quem diz que tem o “poder nas mãos” de uma forma ou de outra, precisa formar uma força-tarefa para cobrar de quem é de direito. De mi-mi-mi e vídeos que não dão em nada, o povo já está de saco cheio, o que precisa é de uma resolutividade. Não é se aproveitar de um momento delicado como este para aparecer e fazer politicagem. Tem gente por aí pensando em 2026 e usando do caos para se autopromover. Tinha que colocar a mão na consciência e tomar vergonha na cara, isso sim. Pois nem as eleições municipais chegaram ainda. Para se ter uma ideia no nível a que se chegou, duas pessoas que se dizem representantes de Divinópolis e juram defender seu povo, estão até sem se falar. E não é por defender a cidade. É pela vaidade da disputa de cargos nos âmbitos estadual e federal. Rusga que promete durar até 2026 quando estas vagas estarão em disputa. Agora vem jogar culpa nos outros? Vá para luta e aponte o caminho. Afinal, é fácil criticar quando está do outro lado. É aquela coisa: “a culpa é sempre do outro”. É cômodo julgar e ainda levar méritos. Mas, uma coisa é certa. Não há enganação é mentira que dure para sempre. Fica a dica!

Fundo do poço 

E dentro de todo este contexto, o mais triste é a prova de que o egocentrismo, o “aparecer e clicks”, dominam a mente do ser humano. É constatar que não somente os políticos, se esbaldam em cima do sofrimento dos outros. Quando isso vem de opositores a tal gestão, é condenável, mas, infelizmente, de praxe. Agora, de cabos eleitorais, dos juízes da internet, instituições até então respeitadas e “paus mandados”, realmente é desanimador e lastimável. E no meio disso aí, lamentavelmente, até veículos de comunicação, de onde se espera ajuda, denúncias em prol da população, mas jamais, explorar o sofrimento de pessoas que em dado momento, devido ao trauma, nem sabem o que estão falando. Desoladora a situação que uma cidade do tamanho de Divinópolis, a décima de Minas Gerais, chegou. Literalmente, “ao fundo do poço”,  por falta de cobranças efetivas de quem foi eleito para isso, por rivalidade política, interesses escusos,  vontade excessiva de aparecer, e principalmente por falta de empatia e amor ao próximo, que a cada dia se esfria mais. 

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