Pode ser 

Os bastidores da política local seguem fervilhando. Entre “mexidas para lá e mexidas para cá”, tudo indica que Divinópolis terá dois candidatos na disputa pela Prefeitura em 2024. Diferente de 2020, quando os eleitores divinopolitanos tiveram a dura missão de escolher entre 9 candidatos, tudo leva a crer que com este cenário a população terá mais tempo de analisar com calma as suas opções. De um lado, Gleidson Azevedo, que anunciou nesta segunda-feira, 29, que irá disputar a reeleição. Do outro, Laiz Soares, que vem para a disputa ao Executivo Municipal pela segunda vez, e tenta o primeiro mandato. Apesar de tudo ainda estar na articulação, nas especulações, nas estratégias e alinhamentos, e de ainda ser prematuro fazer qualquer previsão, o cenário hoje leva o divinopolitano a um caminho e uma obrigação: politização e responsabilidade. É fato que com este contexto os votos na cidade se dividirão, tal qual foram as eleições nacionais, quando o Brasil se dividiu entre Lula x Bolsonaro. Mas também é fato que esta polarização dobra a obrigação do eleitor votar com cuidado, com respeito, e longe de suas paixões. 

Pode ser um pouco utópico pensar assim? Pode! Mas é urgente que se tire esse pensamento da utopia e o coloque em ação. Pois, tanto faz, escolhendo A ou B, independente de ideologia política ou partidária, na hora de pagar a conta não existe partido, não existe candidato, não existem promessas. Quando a realidade bate à porta, quem paga a conta é o povo, e não tem paixão que mude o resultado. O único caminho é o real. Que é enfrentado pelo povo todos os dias, sem distinção de quem votou em quem, de quem é apaixonado por quem, e de quem acreditou em quem. A realidade é uma só, e não há promessa nesse mundo capaz de mudá-la. Faltam pouco mais de cinco meses para as eleições e ao que tudo indica as “opções” já estão “na mesa”. A polarização vem aí? Vem! As discussões acaloradas? Também! O desejo de fazer com que o outro entenda um ponto de vista? Sim! O cenário é o mesmo das eleições de 2018, 2020 e 2022… talvez. E, é justamente por isso, que os divinopolitanos têm nas mãos a chance de fazer diferente dessa vez. Afinal, basta olhar para os lados, deixando as paixões de lado para ver que nada, ou quase nada mudou. 

O Brasil segue sendo um dos piores países do mundo que retorna para o povo o imposto que ele paga, e claro, também um dos países que mais arrecadam, pois é também um dos mais caros. Isso tudo só mostra que pode ser que este cenário de apenas dois candidatos seja vantajoso para os eleitores. Afinal, todos querem acreditar que assim dará tempo para analisar com calma, e fazer uma escolha consciente. Esse é o desejo. Mas todos sabem que para que isso se torne real é preciso que o povo queira. É preciso que o povo mude este comportamento que é passado de geração em geração, e está mais do que provado que é justamente esta postura do eleitorado a cada dois anos, que faz com que o Brasil seja apenas o país da esperança, e não um país da realidade. A oportunidade está aí, bem na porta, e para mudar basta querer!

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