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A Cultura da solidariedade e a enchentes 

by JORNAL AGORA

Na Grécia Antiga, a solidariedade era expressa através de conceitos como a filotimia (amor à honra), a philia (amizade) e a eunoia (boa vontade). As cidades-estado gregas, como Atenas e Esparta, valorizavam a cooperação e o apoio entre cidadãos, especialmente durante conflitos e desafios sociais. Durante a Idade Média, a solidariedade era frequentemente baseada em laços religiosos e comunitários, com instituições como as guildas e as igrejas desempenhando um papel central na prestação de ajuda mútua e proteção. Durante a era moderna, movimentos sociais e políticos, como o sindicalismo e o socialismo, promoveram a solidariedade como um princípio central para alcançar a justiça social e a igualdade. A solidariedade continua a evoluir na sociedade contemporânea, sendo expressa através de ações voluntárias, campanhas de caridade, movimentos de direitos humanos e esforços para combater desigualdades.

Ser solidário é natural do brasileiro, povo mais solidário que existe, isso não tenho dúvidas, mas, também é um povo político, que consegue trazer para o debate político-partidário qualquer que seja o tema, e hoje com esse desastre do Rio Grande do Sul não é diferente. 

Não estou aqui para dizer quem está certo ou quem está errado, cada um tem defendido seu ponto de vista, e a única coisa que eu sei é que o povo que sofre com a enchente é que precisa de atenção, ajuda e solidariedade. 

As enchentes são um problema desde o início da civilização.

As enchentes têm sido uma parte recorrente da história da civilização, moldando muitas vezes o curso dos eventos. Desde os tempos antigos, as grandes enchentes foram registradas em várias regiões do mundo. Por exemplo, no Vale do Rio Indo, onde a Civilização do Vale do Indo floresceu, registros históricos e evidências arqueológicas sugerem que enchentes catastróficas ocorreram, influenciando o desenvolvimento da sociedade e a organização urbana.

Na Mesopotâmia, lar de algumas das primeiras civilizações, como os sumérios, acádios e babilônios, as enchentes do Rio Tigre e do Rio Eufrates eram eventos significativos. Estas enchentes, embora tenham proporcionado solos férteis para a agricultura, também causaram danos consideráveis e influenciaram a construção de sistemas de irrigação e medidas de controle de enchentes, como diques e canais.

Ao longo da história, outras grandes civilizações enfrentaram desafios semelhantes. No Egito Antigo, as enchentes anuais do Rio Nilo eram vitais para a agricultura e a sobrevivência da sociedade, mas também podiam ser devastadoras se não fossem gerenciadas adequadamente.

Mais recentemente, no período moderno, grandes enchentes continuam a causar estragos em áreas densamente povoadas ao redor do mundo, resultando em perdas humanas, danos materiais e impactos socioeconômicos significativos. A história das grandes enchentes é um lembrete constante da importância da gestão de recursos hídricos e do desenvolvimento de infraestruturas resilientes para lidar com os desafios naturais.

Ao longo da história da humanidade, várias enchentes catastróficas tiveram impactos significativos em diversas regiões do mundo. Algumas das mais notáveis incluem:

Enchente do Rio Amarelo (China, 1931): Considerada uma das piores enchentes já registradas, essa catástrofe afetou várias províncias na China, resultando em milhões de mortes e deixando milhões de pessoas desabrigadas.

Enchente do Rio Ganges (Índia e Bangladesh, 1971): Uma das piores enchentes da história, causada pela combinação de fortes chuvas e ciclones, resultou em centenas de milhares de mortes e milhões de pessoas desabrigadas.

Enchente do Rio Mississippi (Estados Unidos, 1927): Uma das maiores enchentes já registradas nos Estados Unidos, causou danos generalizados nos estados do Mississippi, Arkansas e Louisiana, deslocando centenas de milhares de pessoas e resultando em centenas de mortes.

Enchente do Rio Tâmisa (Inglaterra, 1953): Uma combinação de tempestades severas e marés altas resultou em uma das piores enchentes da história do Reino Unido, causando danos significativos em Londres e outras áreas ao longo do rio Tâmisa, com centenas de mortes.

Enchente do Rio Bhola (Bangladesh, 1970): Causada por um ciclone tropical e acompanhada por fortes chuvas, essa enchente resultou em uma das piores catástrofes naturais já registradas, com centenas de milhares de mortes e milhões de pessoas desabrigadas.

Essas são apenas algumas das enchentes mais significativas na história da humanidade, mas há muitas outras que deixaram um impacto duradouro nas comunidades afetadas, e no Brasil não é diferente, O Brasil já enfrentou várias enchentes significativas ao longo de sua história, algumas das mais notáveis incluem:

Enchente do Rio Doce (1979): Uma das maiores enchentes já registradas na região, afetou especialmente o estado de Minas Gerais, causando destruição generalizada e deixando milhares de desabrigados.

Enchentes na Região Serrana do Rio de Janeiro (2011): As enchentes e deslizamentos de terra na região serrana fluminense resultaram em centenas de mortes e milhares de desabrigados, sendo uma das piores catástrofes naturais já enfrentadas pelo estado.

Enchentes no Pantanal (2020): Em 2020, o Pantanal, a maior planície alagável do mundo, sofreu com uma das piores enchentes de sua história, causando danos ambientais significativos e afetando a fauna e a flora da região.

Enchente do Rio Madeira (2014): As fortes chuvas na região norte do Brasil resultaram em uma das maiores enchentes já registradas no estado de Rondônia, causando danos materiais e afetando comunidades ribeirinhas ao longo do Rio Madeira.

Enchentes em São Paulo (2020): Em fevereiro de 2020, a cidade de São Paulo enfrentou enchentes significativas devido às fortes chuvas, resultando em alagamentos generalizados, deslizamentos de terra e caos nas áreas urbanas.

Essas são apenas algumas das enchentes mais significativas registradas no Brasil, demonstrando a vulnerabilidade do país a eventos climáticos extremos e a importância da prevenção e preparação para lidar com esses desastres naturais. Divinópolis já sofreu muito com enchentes também. E temos que ser solidários para com os cidadãos sulistas, vamos ajudar, concentrar em amenizar o sofrimento deles, depois falamos sobre o ponto de vista político de cada um.

Você é solidário? Já enviou sua ajuda ao Sul do país? 

Tem pauta sobre cultura? Envie para welbertonha@gmail.com

Welber Tonhá e Silva 

Imortal da Academia Divinopolitana de Letras, cadeira nº 09

Imortal da Academia de Letras e Artes Luso-Suiça em Genebra, cadeira nº C186

Membro da Academia Mineira de Belas Artes

Historiador, escritor, pesquisador, fotógrafo e fazedor Cultural.

Instagram: @welbertonha

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