“Mudar a gestão pelas redes sociais é fácil”, critica atual administração da UPA

A atual administração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Divinópolis se pronunciou pela primeira vez desde o anúncio, pela Prefeitura, da mudança de gestão para o CIS-URG. Em nota, o Instituto Brasileiro de Políticas Públicas (Ibrapp) afirmou ter atendido todas as solicitações do Executivo e Legislativo.

— O número de atendimento de pacientes na UPA aumentou consideravelmente desde o fim do ano passado e o Ibrapp alertou ao município quanto a isso. Somente em fevereiro, após saturação de atendimento e várias reclamações, que afetava a imagem do executivo, foi aberto o ambulatório da dengue para desafogar a UPA, mesmo assim, o número de atendimentos continuava elevado — afirmou.

Ainda de acordo com o Ibrapp, nenhum paciente deixou de ser atendido.

— O Ibrapp ainda destaca que em momento algum a população ficou desassistida ou sem atendimento na UPA Padre Roberto, sendo em alguns momentos verificados tempo de espera maior, de casos classificados, pelo Protocolo de Manchester, como não urgentes, que deveriam ser atendidos em UBSs, porém devido ao fato de demora de conseguir consulta e exames na atenção básica de saúde, a população opta por procurar atendimento na UPA.

Alega, ainda, a demora da Prefeitura em executar ações para aliviar a pressão sobre a unidade.

A UPA passou a fazer papel de hospital, sem ter estrutura física e recursos financeiros para tal finalidade. Desde janeiro a instituição alerta a Semusa e população que a unidade estava com mais de 150% de ocupação de pessoas aguardando vaga hospitalar, mas somente no final de abril, após casos de óbito com repercussão na mídia, foi que a prefeitura se disponibilizou a “comprar” leitos de pediatria. Diante de tudo isso, recebemos com muito espanto a atitude da prefeitura, sobre tratativas imediatas de rescisão.

Por fim, lamenta as críticas direcionadas à UPA.

— Reiteramos nosso compromisso com a população, mas é absolutamente infundada a Gestão da UPA levar toda a responsabilidade das falhas da saúde como um todo, se há falta de prevenção na atenção primária e também não há leitos hospitalares para transferência de pacientes. Mudar a gestão pelas redes sociais é fácil e, claro, não irá mudar o cenário real da saúde que precisa de mais atenção primária e leitos hospitalares para fazer todo o sistema funcionar.

Related posts

Incêndio consome 546 hectares na Serra da Pimenta 

Homem é preso por supeito de abusar das três filhas em Contagem

PM apreende 90 porções de cocaína em Bom Despacho