Matheus Augusto
Os deputados estaduais apresentaram quase 60 emendas ao projeto de lei do governador Romeu Zema (Novo), que reajusta o salário de todo o funcionalismo em 3,62%. A discussão, em 1º turno, começou na segunda-feira, no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Segundo o presidente da ALMG, Tadeu Martins Leite (MDB), o projeto deve ser votado em 1° turno hoje e, em 2°, na próxima semana. Ele ainda mantém otimismo sobre um possível aumento.
— Já fizemos essa sugestão ao governo. Eles estão fazendo seus cálculos para ver se é possível construir, juntamente com os deputados da base e da oposição, um novo caminho. Essa discussão será feita com muita tranquilidade e responsabilidade, como sempre fazemos aqui na Assembleia — afirmou o presidente da Casa.
A expectativa é pela aprovação.
Frustração
Uma das emendas, por exemplo, propunha o aumento de 10,67%, com base na inflação acumulada dos últimos dois anos. A proposta, do deputado Sargento Rodrigues (PL), recebeu 30 assinaturas.
Todas as emendas foram rejeitadas ontem pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária. Na avaliação do relator Zé Guilherme (PP), a maioria das alterações apresentadas aumentava o índice de diversas categorias, gerando despesas adicionais ao Executivo. As demais eram de competência exclusiva do governador, não cabendo ao Legislativo deliberar sobre.
Posicionamento
Reportagem do jornal O Tempo aponta que o governo estadual avalia a possibilidade de aumentar o reajuste para 4,62% – igualando ao índice da inflação do ano passado. Até então, o Executivo alegava não ter condições financeiras de oferecer percentual acima de 3,62%.
Em entrevista à Itatiaia, na semana passada, o governador Romeu Zema (Novo) afirmou que o Estado tinha condições de conceder apenas 3,62%.
— Eu gostaria de dar um reajuste de 20%, de 30%, sei que tanto o pessoal da segurança, da educação e de outras áreas trabalham duro e merecem. Mas não serei irresponsável, como já tivemos casos no passado, de se dar o reajuste e depois não ter o recurso para levar adiante as políticas públicas — justificou.