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As principais marcas dos prefeitos de Divinópolis

Cidade completa 112 anos em meio a retomada de conquistas antigas e expectativa de novas glórias

by JORNAL AGORA

Matheus Augusto 

Conquistas e derrotas. Construções, paralisações, retomadas e entregas. Ao longo de seus 112 anos, cada prefeito deixou sua marca, seja ela adorada, criticada ou apenas ignorada. Nesta semana, mais dois avanços: o anúncio da retomada dos voos comerciais e a confirmação do hospital-escola. 

Começo

O primeiro prefeito de Divinópolis foi Antônio Olímpio de Morais, que governou de 1912 a 1918, tendo sido reeleito em 1915. 

— Nesta época, todo o controle da cidade era exercido pela Câmara de Vereadores. O presidente da Câmara também acumulava a função de agente Executivo, o que corresponderia hoje às atribuições de prefeito. (…) Antônio Olímpio de Morais foi, além do primeiro presidente da Câmara, o primeiro prefeito — explica a Câmara.

Foi em 18 de setembro de 1915, sob seu comando, que a ex-Vila de Henrique Galvão e então Vila Divinópolis, foi elevada à categoria de cidade, através da Lei Estadual 663, assinada pelo presidente do Estado, Delfim Moreira da Costa Ribeiro. 

Antônio Olímpio renunciou ao cargo seis meses antes. Quem assumiu foi o vice, Francisco Coelho da Fonseca, seguido pela posse, em  1° de janeiro de 1919, por Isauro Ferreira da Silva. 

Ferreira deu início aos processos de fornecimento de energia elétrica, além de expansão dos serviços de água. O mandatário foi assassinado em 7 de junho de 1922. 

Renúncias e nomeações

Quem assumiu o cargo foi o vice João Notini, que venceu as eleições seguintes e governou até 1925. Dentre os seus feitos, a anexação do distrito de Santo Antônio do Campos (Ermida), a conclusão da cadeia pública e do cemitério do Centro.

Notini também renunciou deixando o cargo para seu vice, Olímpio Moreira de Vasconcelos, que seguiu à frente da Prefeitura até 1927.

José Maria Botelho assumiu o cargo em 1917 e seguiu até 3 de dezembro de 1930. 

Pedro Xavier Gontijo subiu ao cargo, nomeado pelo governador Olegário Maciel, que aboliu a Câmara. Ele permaneceu na atribuição até 11 de março de 1936. Contribuiu para a articulação em prol do aeroporto, além de melhorias ligadas ao saneamento básico, como água encanada e rede de esgoto. 

Os dois prefeitos seguintes foram nomeados por Benedito Valadares. José Antônio Saraiva ocupou a cadeira máxima do Executivo entre 12 de março e 19 de março de 1936. Seu sucessor, Antônio Gonçalves de Matos, ficou até 10 de novembro de 1937. Ele seguiria no cargo até 1945. Américo Magalhães ocupou a cadeira entre 16 de novembro de 1945 e 19 de fevereiro de 1946.

Retornos

Quem retornou ao cargo de prefeito foi justamente Antônio Gonçalves Matos, que encerrou o ano. Antônio Gonçalves pode ser definido por sua formalização da atuação dos prefeitos, sendo responsável pela institucionalização e organização dos procedimentos internos. Assim, estabeleceu-se estruturas, ritos, trâmites e leis. 

Pelos três primeiros meses de 1947, quem liderou a cidade, também sob nomeação, foi Itagiba de Souza. Alvimar Mourão conduziu a cidade entre março e outubro, enquanto Lauro Epifânio Pereira concluiu o ano no poder, todos sob nomeação. 

Em 7 de dezembro de 1947, o eleito pelo povo é Jovelino da Costa Rabelo, que fica até 1951. Jovelino recebeu a alcunha de ‘Capitão da Indústria’, tendo se destacado por sua atuação no desenvolvimento econômico e industrial. Conseguiu atrair empresas para a cidade e finalmente entregar a obra do aeroporto. 

Os próximos quatro anos ficaram sob o comando de Sebastião Gomes Guimarães, conhecido como um dos grandes políticos divinopolitanos, tendo se destacado não necessariamente por sua capacidade de gestão, mas por seu apelo popular e sensibilidade. Dentre seus feitos, a aquisição do terreno do Centro Industrial.

Luiz Fernandes de Souza subiu ao poder entre 1955 e 1959, ano que marcou a volta de Sebastião Gomes, até 1962. 

Fabio Botelho Notini, que voltaria ao cargo anos depois, foi o 23º prefeito de Divinópolis, ficando de 63 a 66, quando deixou a cadeira após se candidatar a deputado. Seu vice, Orides Batista Leite, permaneceu até janeiro de 1967.

Entre 67 e 71, Divinópolis foi administrada por Walchir Jesus de Resende Costa. Ele é lembrado, entre outras questões, por elaborar o primeiro Plano Diretor da cidade, além do Plano de Desenvolvimento Local e Integrado. Uma de suas principais conquistas foi a estrada Cajuru-Divinópolis. 

Já entre 71 a 73, volta ao cargo Sebastião Gomes. 

Avanços

Antônio Martins Guimarães governou o município entre 73 e 77. Considerado por muitos um dos grandes prefeitos da cidade, Antônio Martins executou melhorias em diversas áreas. Na infraestrutura, criou os projetos Alfa e Beta para urbanizar o Centro e os bairros, respectivamente. Na Saúde, destacou Divinópolis como a primeira cidade do Brasil a fazer a gestão compartilhada, numa espécie precursora do Sistema Único de Saúde (SUS). Fez, ainda, a adesão ao Plano Nacional de Saneamento (Planasa). Também foi o responsável pelo início do processo de ocupação do Centro Industrial, do anel rodoviário e demais conquistas. Além da fundação da Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Itapecerica (Amvi), em 1974.

Fábio Botelho Notini conseguiu voltar ao cargo em 77 e concluiu sua última passagem na Prefeitura em 13 de abril de 1982. A atuação de Notini também se destaca na Educação e Desenvolvimento Rural. Foi o responsável por atrair grandes empresas, como a fábrica da Coca-Cola, além do Senai, Centro Social Urbano e Corpo de Bombeiros. 

Com sua morte, o vice, Galileu Teixeira Machado, o prefeito com mais mandatos da história, chega ao cargo pela primeira vez, ficando apenas sete meses. 

Na eleição seguinte, assume Aristides Salgado dos Santos, responsável pela administração pública municipal entre 83 e 89. O arquiteto, que implantou o segundo viaduto do Niterói e a rodoviária, também articulou a chegada do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet).

Quem volta em seguida é Galileu, permanecendo até 1992. Aristides Salgados retorna ao poder na eleição seguinte, de 93 a 96. 

Nomes conhecidos

Com mais longevidade na política, Domingos Sávio deixou a Câmara para assumir a Prefeitura de 1997 a 2000. Sávio teve conquistas importantes que permanecem na cidade, como a criação do Diviprev, o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais. O hoje parlamentar, à época, também solucionou um impasse judicial entre o Município e o Estado sobre o Centro Industrial, o que prejudicava o incentivo à instalação de empresas. 

No ano seguinte, Galileu é novamente eleito, conduzindo a cidade até 2004. 

Demetrius Arantes Pereira é alçado ao cargo em 2005 e conclui seu único mandato até o momento em 2008. Um de seus grandes marcos foi a viabilização da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e, já no fim do mandato, a inauguração do Restaurante Popular.

O único prefeito reeleito na história da cidade é Vladimir de Faria Azevedo, tendo ficado de 2009 a 2016. Azevedo deu início a grandes obras, como o Hospital Regional, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Itapecerica e o novo Centro Administrativo da Prefeitura, na avenida Paraná. O governo Vladimir também inaugurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o primeiro voo comercial e a articulação que possibilitou a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Galileu retorna para seu mais recente mandato, de 2017 a 2020. Entre as conquistas do ex-prefeito está o prêmio de 1º lugar em projetos de atração e expansão de empresas, do Instituto de Desenvolvimento Industrial de Divinópolis. Em nota publicada recentemente defendendo todos os ex-gestores da cidade, Galileu destaca ter sido responsável pela construção, ao longo de seus mandatos, de 80% das escolas municipais e 60% das unidades de saúde, além de mais de 1.400 casas populares. 

Já a gestão de Gleidson Azevedo (Novo) é responsável pela reinauguração do Restaurante Popular,  a retomada dos voos comerciais e o reinício da obra do Hospital Regional. Fez obras fundamentais aguardadas há anos, como a Rodovia dos Batista, infraestrutura em diversos bairros, postos de saúde e outras que estão em andamento: a Avenida Magalhães Pinto e pode entrar para a história, caso consiga tirar a Copasa da cidade.

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