José Carlos de Oliveira
Hoje é dia de Brasil
A seleção brasileira feminina de futebol, que se prepara para a disputa dos jogos olímpicos de Paris, em julho/agosto deste ano – o Brasil estreia no dia 25 de julho contra a seleção da Nigéria, no ‘Stade de Bordeaux’, às 19h -, faz na noite de hoje o segundo de dois amistosos contra a Jamaica, algoz do time nacional no último mundial da categoria, que foi disputado na Austrália e na Nova Zelândia. O confronto de logo mais está marcado para o estádio Arena Fonte Nova, em Salvador, às 20h, e terá transmissão para todo território nacional pela TV Brasil.
Vitória maiúscula
No primeiro encontro entre os dois times, sábado na Arena Pernambuco, perante um público de mais de 33 mil espectadores, o Brasil goleou as jamaicanas por 4 tentos a 0, com gols de Marta, duas vezes, Adriana e Swaby (contra). Mas, mais que o placar do jogo, o que encantou a torcida presente ao estádio foi o bom futebol apresentado por todo o time canarinho.
Sonhando alto
Além de roubar a cena dentro de campo, com boa atuação e os dois gols marcados (um deles, um golaço) a craque Marta foi assunto também nos bastidores e entre os torcedores e comentaristas esportivos, com a discussão de momento sendo se a camisa 10 do escrete canarinho estará presente no time durante o Mundial Feminino, que será disputado no Brasil em 2027.
Pelo que jogou no amistoso do fim de semana, pode até ser possível, mas ainda é cedo para especulações, porque ainda faltam pouco mais de três anos para a disputa do Mundial e muita coisa pode acontecer nos próximos meses / anos.
Hoje, com 38 anos, ela já terá passado dos 40 durante a competição, e por mais que se sonhe com sua presença – ela e a torcida de todos brasileiros que amam o futebol –, é impossível alguém fazer parar o tempo.
Foto: Divulgação
Marta balança as redes duas vezes em amistoso contra a Jamaica
Precisa melhorar muito
Por mais que se queira jogar para cima, e enaltecer a volta do Guarani aos torneios estaduais de base, não há como ignorarmos os números e pelo que estes mostram de momento – com eliminação precoce na Super Copa Ouro e estreia com derrotas no estadual (com as duas categorias) – não há como tapar sol com peneira e a realidade está aí para mostrar que o Bugre tem que melhorar, e muito, se realmente pretende colher frutos com o trabalho na base.
Credibilidade
O alento, o que deixa a todos esperançosos, é que este é apenas o início do trabalho no Farião, com a garotada das categorias Sub-15 e Sub-17, e a turma que está à frente do departamento amador do Alvirrubro – capitaneados pelo Marco Túlio – ainda tem muita credibilidade junto à torcida, mas é bom arregaçar já as mangas e se empenharem em dobro, porque no futebol o que conta são os resultados, e o apoio de hoje pode sumir como que num estalar de dedos.
Não é para tanta choradeira
Basta uma derrota – e um resultado mais do que normal, contra o São Paulo, em seu estádio – para alguns torcedores e parte da mídia esportiva deitar a falação para cima do técnico Fernando Seabra e de todo o time do Cruzeiro, como se este fosse o pior do mundo.
Calma pessoal, muita calma nessa hora, mesmo porque a Raposa até mostrou qualidades e se não fossem pequenos vacilos, individuais (falha do goleiro no primeiro gol e expulsão de Marlon ainda no primeiro tempo), poderia ter voltado para Belo Horizonte com um bom resultado.
Falta caprichar
Num ponto os críticos têm razão. A realidade do jogo seria totalmente diferente – mesmo com um homem a menos – se os atacantes acertassem as chances que foram criadas. Faltou capricho dos atacantes em alguns lances, e aí sim, a torcida tem motivos para reclamar e cobrar.