CREPÚSCULO DA LEI – Ano VI – CCLXXXV
Domingos Sávio Calixto
NÃO HÁ DIREITO SEM ANÁLISE ECONÔMICA
“Um ano e meio”. Este foi o prazo previsto (?) por Paulo Guedes para que o Brasil “virasse uma Venezuela”. Aliás, o mesmo Paulo Guedes também disse que o Brasil “viraria uma Argentina” em seis meses. Ambos os prazos a contar da posse do atual Governo.
Para lembrar, sr. Guedes é um ex-ministro da economia ligado ao BTG Pactual e com investimentos no estrangeiro, modelo offshore – vide “Panama Papers” – mesmo no exercício do cargo.
Ora, decorridos exatos “um ano e meio”, o que houve com o Brasil?
Conforme dados mais recentes, o Brasil teve a menor taxa de desemprego do período em 10 anos. O emprego formal bateu recorde. Os dados estão no site do IBGE, em conformidade com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD).
Para a tristeza do Sr. Guedes, o Brasil também criou 240 mil vagas de emprego formal, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Sob tais dados, significa que o desemprego está na marca de 7,5% neste último trimestre (fechado em abril), o que equivale a concluir que o país está mantendo a estabilidade dos mais vulneráveis.
Nesse sentido, a porcentagem representa 8,2 milhões de pessoas que não estão mais desocupadas, refletindo fundamentalmente uma redução de perdas no comércio e o retorno do trabalho na educação básica pública do ensino fundamental.
Tal análise remete-se a um silogismo com o artigo 3º da Constituição Federal, o qual estabelece que um dos objetivos da República brasileira é ERRADICAR A POBREZA E A MARGINALIDADE, reduzindo as desigualdades sociais.
É óbvio que o governo do sr. Guedes desconhecia e desconhece totalmente este preceito fundamental.
Segue-se que o Brasil não “virou” uma Venezuela, muito menos uma Argentina. Aliás, o pomposo e desgraçadamente ruim governo do sr. Milei, patrocinado pelas forças ligadas ao sr. Guedes, pediu ajuda ao Brasil para que sua população não sucumbisse ao frio.
Ocorreu que – como notório – o governo do sr. Milei é um desgoverno de caloteiros – como também era a o desgoverno de sr. Bolsonaro – vide precatórios. Como Milei não quitou seus compromissos, o gasoduto “Nestor Kirchner” (região da Patagônia) está estagnado, operando com 50% de sua capacidade. As construtoras do gasoduto não receberam o pagamento de 35 milhões de dólares, interrompendo as atividades.
Na emergência, para não matar a população de frio, sr. Milei teve que comprar combustível apressadamente, vindo a pedir ajuda ao Brasil. O governo brasileiro deu socorro energético ao país vizinho através da Petrobrás, evitando o colapso platino.
Claro que ninguém chamou, nem chama, o sr. Elon Musk nestas horas. Não foi visto por lá, muito menos foi visto no Rio Grande do Sul. Nem pensar.
Enquanto isso, as forças de extrema direita – aquelas do Jet Ski – estão mais preocupadas em privatizar as praias do país (acham que os pobres atrapalham as manobras radicais).