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Violento

by JORNAL AGORA

É o resumo do fim de semana em Divinópolis. Há muito não era registrado na cidade, três assassinatos em menos de 24 horas. Dois por possível acerto de contas relacionado ao tráfico de drogas — o mais comum entre os crimes consumados em qualquer município deste país —, e outro por desatendimento relacionado à dívida. Em três diferentes pontos da cidade, e que causam medo e temor da população. Infelizmente, coincide com o período em que o novo comandante assumiu a 7 ª Região da Polícia Militar. O coronel Carlos Henrique Souza da Silva, que substituiu o coronel Wemerson Lino Pimenta, já chega com o desafio de combater de imediato a criminalidade violenta na cidade e região. Estatística considerada alta em parte  dos municípios sob o comando da 7 RPM, mas que havia dado uma trégua nos últimos meses. Uma gangorra, difícil de ser controlada, principalmente, pela fragilidade das leis brasileiras. 

‘Greve branca’

Longe deste PB colocar ainda mais insegurança e medo na população. Mas, é preciso que o Governo do Estado e os representantes do povo mineiro se atentem, pois há sim, o risco da violência crescer em todas as regiões do Estado. Não por falta de conhecimento deles, está em andamento  uma “greve branca” nas forças de segurança em Minas Gerais devido ao reajuste muito aquém dado a elas, em projeto de Romeu Zema aprovado na Assembleia Legislativa. Proibida de paralisar por força lei, a categoria opta por esta medida que pode ser chamada também de “operação tartaruga”. Sindicatos, servidores da segurança e deputados que os representam na ALMG, afirmam que a luta continua e não vão sossegar enquanto o governador não cumprir o que foi prometido. Por outro lado, Zema  afirma não ter condições de dar mais além dos 4,62%,  concedido a todos os servidores mineiros. Situação que cheira a problema sério, que pode afetar em cheio ele: o povo.

O movimento

A “greve branca”, movimento registrado nos últimos anos nos Estados nordestinos da Paraíba e Bahia, além do Espírito Santo,  não significa paralisação ou que o policial civil, militar, agente penitenciário, vão deixar  de ir ao trabalho, mas que seu ritmo seja lento, como o tratamento dado a eles pelo governador, conforme as reclamações. As ações seguem até um possível sinal de renegociação, conforme disse uma fonte a este PB. Onde isso vai dá, ainda não se sabe. O que todos esperam é que não seja em mais violência. Disso, todos já estão fartos. 

Mais cobrança 

A insistência dos servidores da segurança pública pelo reajuste que reponha pelo menos as perdas, não é a única dor de cabeça que Romeu Zema terá pela frente. Após uma longa batalha envolvendo a aprovação do reajuste de 4,62% nos salários dos servidores mineiros, o governador terá que encarar missão árdua, tão impopular, como a anterior e também na ALMG. São as votações de outros dois projetos de lei que atingem diretamente o bolso do funcionalismo público: o aumento da contribuição previdenciária do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) e do Instituto de Previdência dos Servidores Militares (IPSM). As propostas já começaram a tramitar na Casa legislativa, porém não há ainda um prazo para que sejam postos à votação. O certo é que agora ou depois, a tramitação vai ser recheada de cobranças, protestos e polêmicas, como a outra. Certo também é que Zema não está tendo vida fácil nos últimos meses, mas sabia com clareza, o tamanho do abacaxi que iria descascar, principalmente, quando quis ser reeleito. 

Greve  x recursos 

Outro que vem sendo espremido, é o presidente Lula (PT). E com razão. Vem deixando de lado a educação, como outros fizeram. Na tentativa de acabar com a greve nas universidades e institutos federais, recebeu ontem em Brasília,  reitores à frente destas unidades. No encontro, o presidente e sua equipe deram mais detalhes dos novos recursos prometidos à educação através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e discutiram os rumos da greve de professores e servidores técnico-administrativos. O encontro terminou sem expectativa ainda de que o movimento se encerre nos próximos dias, mas a esperança do Planalto é que a negociação com a categoria avance. No entanto, se depender da crise momentânea entre os servidores da educação e o governo federal, isso pode demorar. Como “a esperança é a última que morre”, quem sabe ambas as consciências pesem e não continuem fazendo dos alunos, às vítimas.  

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