Da Redação
O senador Cleitinho (Republicanos) manifestou, na quarta-feira, seu apoio ao fim da reeleição para os cargos de presidente, governador e prefeito. A mudança é prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 12, de 2022, ainda em trâmite no Senado.
Na oportunidade, o representante divinopolitano também cobrou ao Congresso o início das discussões para a unificação das disputas eleitorais.
— Eleições de dois em dois anos é prejuízo para a população brasileira — defendeu.
Cleitinho citou os R$ 5 bilhões do fundo eleitoral em meio à tragédia enfrentada pelos gaúchos.
— A cada ano que antecede a eleição aumenta mais o Fundo Eleitoral e o Fundo Partidário. É uma afronta — criticou.
Investigação
Durante seu discurso, mencionou a operação da Polícia Federal (PF) realizada na quarta-feira. O órgão federal cumpriu sete mandados de prisão preventivas. Os investigados são suspeitos de desviar R$ 36 milhões do fundo partidário e eleitoral por meio de candidaturas laranjas, superfaturamento de serviços e outros meios. As práticas envolvem organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.
— Precisamos de uma reforma política — defendeu.
Cleitinho também rebateu os argumentos dos fundos serem necessários para financiar novas candidaturas.
— Isso só fica para os caciques — afirmou.
Mudança
A PEC proíbe presidentes, governadores, prefeitos e quem os houver substituído nos últimos seis meses de disputar a eleição subsequente. Com isso, o mandato passaria de quatro para cinco anos. O primeiro autor da proposta é o senador Jorge Kajuru (PSB-GO).
Na justificativa, ele aponta para a vantagem dos atuais chefes do Executivo sobre seus concorrentes.
— A concorrência entre os mandatários e os demais candidatos é desigual e a derrota dos candidatos à reeleição ocorre apenas em circunstâncias muito particulares — argumenta.
Por isso, a importância da renovação da representação política, potencializando o surgimento de novas lideranças.
— (…) e dá às antigas [lideranças], retiradas momentaneamente do exercício do mandato, a oportunidade de, no convívio com suas bases eleitorais, atualizar sua agenda e suas propostas — acrescenta.
O texto ainda se encontra em trâmite interno nas comissões.