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Divinópolis, a cidade cortada por rios e linhas férreas

by JORNAL AGORA

Em minha terceira coluna em prosa e rima, sobre a cidade, no mês em comemoração aos 112 anos, hoje falarei sobre os rios e a ferrovia

Os Rios

As águas que contam nossa cidade,

Trazem lembranças de um tempo de felicidade,

Das cachoeiras, das lavadeiras e das usinas de eletricidade,

As águas eram limpas, pura e de qualidade.

Foi pelas águas do Itapecerica que os primeiros aqui chegaram,

Pelos verdes e pela terra logo se apaixonaram,

Construíram suas casas, e as margens do rio habitaram,

Ali se banharam, 

Seus peixes pescaram, 

E por um bom tempo habitaram.

O porto velho, justificava a origem do nome, pois um porto ali havia,

A usina da Rede, das águas do Itapecerica gerava energia,

Iluminava a cidade, criava emprego, ah, quanta alegria,

Com o desenvolvimento gerado, a cidade só crescia.

Temos no Rio Pará a usina do gafanhoto e a famosa cachoeira do Caixão,

Até hoje por alguns trechos é possível a navegação,

Até eu com meu filho, já navegamos é muito boa a sensação,

Fizemos fotos, apesar da seca, ainda permite certa diversão.

A parte mais importante desses rios, é a água para captação,

Que serve de abastecimento para toda a população.

A Ferrovia

Em 30 de abril de 1980, era instalada aqui a primeira estação,

A rede ferroviária se chegava, inaugurada e denominada de Henrique Galvão,

Foi um sucesso, movimentava a rotina da população,

Que tinha para suas viagens longas, uma nova opção.

Em 1910, Divinópolis a BH, linha iniciada para rápida locomoção,

Possuiu vários nomes, para muitos geram confusão,

Então vou aqui citá-los, para uma melhor compreensão,

Foi Estrada de Ferro Oeste de Minas e depois Rede Mineira de Viação,

Passou a Ferrovia Centro-Atlântica e hoje VLI é sua denominação.

Com a chegada de muitos ferroviários, um bairro foi necessário a criação,

Com habitações coletivas, a Vila Operária, hoje Esplanada, começava sua formação,

Importante na cidade, a ferrovia causou uma revolução,

Interferiu no comércio, na indústria e também na educação.

A primeira escola profissionalizante, teve aqui sua inicialização,

A escola da rede, deu origem ao Senai uma grande instituição,

Trouxe a energia elétrica, a muitas casas levou iluminação,

E até no esporte com o time do Ferroviário, que se tornou para muitos, uma paixão.

A influência tem até nos sentidos, vale citar a própria audição,

Pois a sirene da rede, tombada pelo patrimônio histórico, acompanha mais de uma geração,

Muito morador, pelos horários de toque, no dia a dia, faz sua programação,

Se algum dia falhar, não tocar, vai criar uma confusão.

Suas oficinas no Esplanada, da América Latina, ainda é a maior construção,

Com a construção da locomotiva 339, primeira filha da cidade, ainda gera comoção,

Pois foi vendida como sucata, picada, seu ferro voltou para fundição,

A 340, a segunda, desde 30 de setembro de 1980, está no Esplanada, em eterna exposição.

Tem pauta sobre cultura? Envie para welbertonha@gmail.com

Welber Tonhá e Silva

Imortal da Academia Divinopolitana de Letras, cadeira nº 09

Imortal da Academia de Letras e Artes Luso-Suiça em Genebra, cadeira nº C186

Membro da Academia Mineira de Belas Artes

Historiador, escritor, pesquisador, fotógrafo e fazedor cultural.

Instagram: @welbertonha

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