Como esperado, principalmente pelo tempo curto, o PT não lançará candidatura própria à Prefeitura. Reunião na última sexta-feira selou o acordo de que o partido apoiará a pré-candidata Laiz Soares (PSD), que tem como vice o vereador Ademir Silva (PSDB). A Federação formada pelo PT, PV e PCdoB oficializou o apoio no encontro, oportunidade em que ficaram definidas também as vagas que cada partido terá na coligação. O namoro entre a sigla do presidente Lula e Laiz começou, na verdade, desde quando ela confirmou que disputaria novamente a principal cadeira do Município e teve adesão de outras legendas. No entanto, houve algumas intercorrências no período, o que acabou retardando o anúncio. Não resta dúvida de que a presença da secretária nacional de Finanças do PT, Gleide Andrade na cidade, no fim de semana, tenha sido decisiva para a “batida do martelo”.
Vagas por partido
Claro que no modelo da política brasileira, em raríssimas situações, os apoios acontecem em troca de algo. O caso de PT e Laiz não ficou de fora desta prática. Para o fechamento do acordo, o PV, detentor da maior porcentagem para lançamento de candidatos a vereador, cedeu vagas à sigla que tem Manoel Cordeiro como presidente local. Assim, a divisão foi a seguinte: 10 vagas para o PV, 6 para o PT e duas para o PCdoB, de Rômulo Duarte. Na sua visão, o intuito é que seja formada uma chapa estruturada e qualitativa. Tem razão, principalmente pelo fato de haver divergência entre as legendas. Mas, o que não se torna possível na política quando existem interesses em jogo?
Galileu na Câmara?
Ainda não está confirmado, porém esta decisão facilitaria e muito as pretensões de Flávio Marra, candidato à reeleição. Como? O PRD, partido o qual Galileu Machado se filiou, caminha praticamente sozinho e fazer legenda, será uma tarefa árdua nestas eleições. Marra precisaria de votação pra lá de expressiva para continuar no Legislativo. O que muda com a candidatura de Galileu? Certamente será eleito, talvez com a maior votação da história da Câmara, que hoje pertence a Lohanna França (PV). É um nome respeitado, cheio de amigos e fãs por toda cidade, além de uma experiência inigualável. Isso lhe dá votos com sobra gorda, que, com certeza, puxa pelo menos mais dois nomes, um deles, Marra. Caso isso ocorra, pode dar ao PRD, ainda tímido em Divinópolis, a maior bancada do Legislativo. Ou seja, motivos mais do que suficientes para uma candidatura do ex-prefeito, que defendeu o MDB por mais de 40 anos.
Por mais Galileus
Quem sabe a entrada de Galileu na disputa não traga mais nomes experientes e com o mínimo de conhecimento político para a disputa? Porque a continuar com certos pré-candidatos que se apresentaram até o momento e forem as escolhas dos eleitores, não há outra alternativa a não ser usar uma frase que vem se tornando um jargão: “Pare o mundo que eu quero descer”! As opções estão de doer “do topo da cabeça ao calcanhar”. As facilidades nos cargos políticos em todos os sentidos, fazem “qualquer um”, com licença das palavras, — que querem dizer a falta de conhecimento —a se candidatar. Falta de preparo que tem tornado as últimas legislaturas catastróficas. Não generalizando é claro, será que ninguém enxerga isso? Falta conhecimento dos eleitores e desconfiômetro de quem quer entrar no no Poder, que ultimamente, vê sua força se esvaindo.
Nome de Deus
O interessante é como eles brotam de todos os lados e usam temas que mexem com o emocional do eleitor para atrair votos. Das associações de moradores, onde exploram o gargalo vivido por moradores de regiões carentes, de alguma área de Saúde, assunto espinhoso e a maior carência atual, do meio empresarial, também necessitado de investimentos, e por aí vai. No entanto, o tema que consegue superar os demais é o ligado às igrejas, a fé. Toda disputa, aparece pelo menos uns 5, representando diversas congregações espalhadas pela cidade. É errado? De jeito nenhum. Mas, o que não desce é usar o nome de Deus e fazer lavagem cerebral no fieis. Isso, sim, é condenável.
