Deu, mas não está valendo. É mais ou menos assim o que está acontecendo com os servidores estaduais, em relação ao reajuste concedido pelo governador Romeu Zema (Novo). O chefe do Executivo no Estado ainda não sancionou o Projeto de Lei da correção do salário das diversas categorias em 4,62%, aprovado em definitivo pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no último dia 6. Por enquanto, os servidores ainda não se manifestaram, já que a secretária de Planejamento, Camila Neves, garantiu em depoimento no “Assembleia Fiscaliza”, programa do parlamento onde os órgãos do Estado prestam contas aos deputados, que o governo vai pagar no próximo mês, no quinto dia útil, os salários já corrigidos. É o que se espera. No entanto, a folha não começa a ser planejada e trabalhada pelo menos com duas semanas de antecedência? Levando isso em conta, junho caminha para o fim.
Secretários questionados
E o assunto acima, não foi o único em pauta no Assembleia Fiscaliza. Os secretários de Zema foram sabatinados também sobre a sanção da lei que trata do reajuste dos servidores do Estado, mudanças no Instituto da Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), ações voltadas para doenças A iniciativa da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), visa o acompanhamento das políticas públicas do Governo do Estado. Mais polêmico, o reajuste dos servidores ainda não sancionado, foi o mais cobrado. Como já havia dito Camila Nunes, o secretário de Governo, Gustavo Valadares, garantiu a sanção dentro do prazo, que termina nesta quinta amanhã, e registrou que não haverá prejuízo algum a nenhuma categoria. A segurança pública que o diga.
Castas privilegiadas
É o que pensa o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa sobre médicos, advogados e engenheiros. O mineiro de Paracatu, região Noroeste do Estado, usou as redes sociais nesta segunda-feira, para criticar duramente essas algumas categorias que, segundo ele, “gostam de ditar normas ao país”. Continua o texto afirmando que são “castas historicamente privilegiadas” que se acham donas do Brasil e que não se limitam a cumprir o papel e a ocupar o espaço que lhes é reservado na sociedade, mas com % de legitimidade. Joaquim Barbosa usou seu X, antigo Twitter, em postagem acompanhada de um texto da bióloga Natalia Pasternak, publicado no jornal O Globo, criticando as recentes posições do Conselho Federal de Medicina (CFM). Recentemente, a entidade divulgou uma resolução que visava dificultar o acesso à interrupção de gravidez acima de 22 semanas de gestação, mesmo nos casos de estupro de crianças e mulheres. Assunto que divide opiniões e vem gerando polêmica. Sobre as profissões criticadas pelo ex-ministro, é difícil não pensar assim de boa parte dos médicos que se acham “a última bolacha do pacote”. Mas, se esqueceu de acrescentar uma na sua área de atuação, que consegue ser ainda pior: os magistrados. “Se os médicos acham que são Deus, estes, têm certeza”.
Está solta
A advogada presa no fim de semana por agredir um funcionário de uma companhia aérea deixou a prisão ontem. Mesmo dia em que a deputada federal Dandara (PT), vice- líder do PT na Câmara e membro da Bancada Negra, disse que irá pedir a instauração de processo administrativo disciplinar “em razão de crime infamante” contra a profissional que também foi denunciada por racismo após episódio presenciado por dezenas de pessoas. A deputada revelou ainda que vai acionar a OAB argumentando que a profissional “perdeu a idoneidade moral ao cometer o crime de racismo”. A advogada, que é presidente da Comissão de Direito da Moda da Ordem dos Advogados do Brasil, teria chamado o funcionário de “macaco”, “preto”, “vagabundo”. Isso porque ela a tirou de um voo porque demonstrava estar com sintomas de embriaguez alcoólica. Difícil dizer o que é mais deplorável.
