Nota 10

A matéria do Jornal Agora sobre o caso do falso câncer merece aplausos, de pé. A equipe de jornalismo comandada por Gisele Souto, a menina que “quebra o coco e não arrebenta a sapucaia”, produziu uma matéria puramente informativa, sem julgamento de valor, de forma imparcial e impessoal como deve ser o jornalismo sério e claro, forte pela coragem em abordar o assunto com a profundidade que abordou, sem medo.  Uma verdadeira aula para aqueles que querem se sobressair na profissão. Bravo! Bravíssimo!

Bárbara Carrano

Há  menos de três meses esta colunista esteve na Vara da Fazenda e Autarquias para cobrar um processo e foi atendida pela assessora que se apresentou assustada, trêmula, parecia agitada. Então perguntou se o espírito do juiz Ather Aguiar ainda pairava sobre o gabinete, tamanha a expressão de medo que possuía. Não dá para acreditar que uma pessoa que viu tanta coisa horrenda acontecendo bem debaixo de seu nariz (atrocidades cometidas pelo juiz mencionado) e não teve coragem de denunciar, pois consumida pelo medo conforme se dizia nos corredores do Fórum, fosse capaz de um roteiro tão hollywoodiano. Essa conta não fecha, mas é de jeito nenhum! Aguardemos os próximos capítulos!

Amor bandido

Essa jovem que tinha um brilhante futuro pela frente, hoje está presa preventivamente no Floramar acusada de ter cometidos crimes com a ajuda do namorado, um rapaz com uma ficha criminal extensa contendo crimes contra a vida, receptação, posse ilegal de arma, tráfico de drogas, desobediência. Uma simples consulta em seu nome e vários processos criminais aparecem. E com o acesso que ela possuía, poderia ter visto que era cliente assíduo dos meios policiais e  das varas criminais e seus caminhos jamais poderiam ter se cruzado. Como diz o ditado: era chave de cadeia na certa. Pois bem, esse amor conduziu essa jovem à prisão. E assim como Bárbara, das mais de 40 mil mulheres encarceradas no Brasil, a grande maioria está ali levadas por seus companheiros, pois por amor a eles, entraram para o crime.  A romantização de Bonnie e Clyde? Mas elas se esquecem que eles morrem alvejados no final.

Pois bem

Mulheres que se apaixonam por homens na criminalidade são comuns na ficção, mas na vida real ocorre  bem mais do que se imagina. Para se ter uma ideia,  no Brasil, um dos que mais recebem cartas amorosas é Francisco de Assis Pereira, o maníaco do parque, acusado de dez mortes e onze ataques sexuais. O criminoso foi condenado a 274 anos de prisão e há mulheres que não perdem a esperança de ser sua escolhida e com ele viverem uma história de amor. Trágico!

Carência 

A maioria das mulheres que se envolvem com criminosos padecem de deficiência afetiva, têm baixa autoestima e veem o amor de forma romântica e infantilizada. Como se sentem excluídas, acabam se envolvendo com homens marginalizados pela sociedade. Como se veem na mesma situação, há uma identificação. Tristeza!

Eita

Dia 25 de junho é o Dia de Combate ao Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas e o STF vota para descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal. O ministro Toffoli é a favor que seja para qualquer tipo de drogas. Segundo ele, ‘Nenhum usuário de nenhuma droga pode ser criminalizado’. Nesse único ponto, esta colunista concorda com ele, pois o adicto é vítima, é um doente, uma pessoa fragilizada. Porém, é preciso lembrar que o que estão fazendo não é combater e sim facilitar. Mais cracolândias à vista, um problema de segurança e saúde públicas. É preciso lembrar que a lei que ele cita – Lei 11.343/2006  – sancionada por Lula (PT)  e que permite essa interpretação revogou a Lei 6368/76 sancionada por Ernesto Geisel que criminalizava também o uso.  

Sobre Toffoli

Para quem não se lembra, trata-se o ministro de ex-advogado do PT, não  passou na prova para a magistratura e tem condenação no Amapá (quando advogado, ele  e seus sócios no escritório de advocacia Firma Toffoli & Telesca Advogados Associados S/C foram condenados pela 2ª Vara Cível do Amapá a devolver R$ 420 mil aos cofres públicos do Estado) ou seja, jamais preencheu os requisitos para ser ministro do STF nos termos da Constituição Federal, mas está lá.   

Deu ruim

Em abril de 2022, o então presidente do Conselho Municipal de Saúde de Divinópolis, Warlon Carlos Elias, notificou o Tribunal de Contas do Estado alegando a ocorrência de diversas irregularidades no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde de Divinópolis relativas ao uso indevido de verbas públicas, sonegação de informações e negativa de apresentação de documentos solicitados. O então presidente apontou o dedo para Amarildo de Sousa e Alan Rodrigo da Silva, sendo o primeiro secretário municipal de saúde do governo Galileu  (ex-MDB, atual PRD) e o segundo na mesma pasta no governo Gleidson (Novo). Dois meses depois, Warlon apresentou novos documentos sobre a ausência de instrumentos de gestão exigidos na administração de recursos federais de saúde e informou sobre o descumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta celebrado entre a Secretaria Municipal de Saúde e o Ministério Público Estadual. Duas semanas depois, ele apresentou mais documentos relativos à matéria tratada no âmbito da representação. Após dois anos de investigação, em brilhante e bem fundamentado parecer, o Ilustre Representante do Ministério Público de Contas, Daniel de Carvalho Guimarães, opinou pela improcedência da representação. 

Uai sô

Tem um trem esquisito! Na  representação feita  no Tribunal de Contas do Estado foi alegado sonegação de informações e negativa de apresentação de documentos solicitados, o que foi devidamente esclarecido pelo prefeito Gleidson de Azevedo(Novo) para o TCE-MG que são mais de 58 mil páginas, que o Conselho Municipal de Saúde não tem poder requisitório, coisa que Warlon Elias parece ignorar, e que o município não dispõe de recursos e nem de pessoal para fotocopiar tanto documento, mas que sempre estavam à disposição para consulta pública. Pois bem, o cerne é o seguinte: essa mesma alegação, com as mesmas “provas” foi utilizada no pedido de cassação do prefeito Gleidson proposto pelo cidadão João Martins, velho conhecido desta colunista. À época do pedido, esta colunista falou sobre a figura do ghostwriter e o próprio João Martins disse na presença de outras pessoas que havia mais gente, embora ele assinasse sozinho. Tipo: vá na frente, se der errado é culpa sua, se der certo, é nóis. A  travessia do Rio Araguaia existe um nome próprio para isso. Oremos!

Tribuna Livre

Esta colunista transcreve o comentário da  cidadã J.A.S. “Esse espaço de tribuna para politicagens. Devia ser enquadrado em campanha política antecipada. Saúde sempre esteve em crise. É a pasta mais cara e com mais corrupção em diversos governos. SUS é exemplo mas tem muito a melhorar.” Entenderam Deborah Donini (PRD)e Laiz Soares (PSD)?

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