Julho chega com um calendário eleitoral cada vez mais apertado e com mudanças importantes. Afinal faltam apenas cerca de três meses para a realização das eleições municipais. Muita gente já se descompatibilizou dos seus cargos, outros estão em plena campanha, mesmo o período não permitindo e assim, segue a movimentação. Na Câmara, as reuniões a partir desta semana, não podem ter qualquer tipo transmissão, ou seja, se ao vivo estava difícil “pegar no tranco”, e as cadeiras eram sempre vazias durante, imagine agora. Mas por um lado até é positivo. Os que usavam a tribuna para se autopromover com discursos inflamados, troca de farpas e acusações, agora precisam apostar em outras estratégias. Só para refrescar a memória: dos 17 atuais ocupantes de uma cadeira no Legislativo, apenas um não é pré-candidato. Por aí, dá para imaginar a guerra por votos.
Para variar?
E a aproximação da definição dos candidatos e campanha fato só acirra mais os ânimos e envolve outros atores na “guerra”. E para variar, as fake news foram as causadoras da última ocorrência envolvendo candidatos. Áudios disseminados em grupos de WhatsApp que circularam na última sexta-feira trouxeram uma enxurrada de informações a respeito dos pré-candidatos à Prefeitura, Laiz Soares (PSD) e Ademir Silva (PSDB). O conteúdo afirmava que os dois estariam planejando instalar um lixão na região de Ermida, mas rapidamente desmentido pelos próprios políticos que afirmaram se tratar de fake news. Laiz e Ademir afirmaram que irão registrar um Boletim de Ocorrência contra a disseminação da mentira. Ainda bem que não há mentira que dure com o aparecimento da verdade, mas até que se prove o contrário, causa um estrago danado. Um exemplo ridículo do lado “podre” da política que na falta de argumento, inventa e ataca de forma covarde.
Enfim, em casa
Após longos 15 anos de espera, finalmente, moradores de área de risco do Alto São Vicente, que tiveram seus imóveis condenados pela Defesa Civil, receberam um lugar definitivo para morarem. Desde 2009, ano em que os primeiros problemas mais sérios foram apresentados, “viviam de déu em déu”, morando de aluguel pago pela Prefeitura. Eles receberam as chaves dos seus apartamentos no último sábado, em solenidade realizada em frente aos próprios imóveis à rua Inhazinha Epifânia. Impossível não notar a felicidade no rosto dos que aguentaram pela longa espera para voltar ao seu habitat natural, alguns infelizmente morreram sem ver o sonho realizado. Aos que tiveram a sorte de sobreviver a todos os obstáculos neste período, um alívio e a felicidade do recomeço.
Cumpriu se papel?
É a pergunta que se faz sobre a atitude do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a descriminalização da maconha. No entanto, os ministros da Suprema Corte tem certeza disso. Foi o que afirmou o seu presidente, Luís Roberto Barroso, ao comentar a decisão. O ministro disse que o presidente Lula tem “liberdade de expressão” para discordar da decisão. O assunto que veio à tona entre os ministros durante a realização de Fórum em Lisboa / Portugal na última quinta-feira. O presidente Lula havia dito na quarta-feira, 26, que o STF não tem que se “meter em tudo” e que decisões como a da descriminalização geram “rivalidade” com outros poderes. Conforme Lula, o STF não pode “pegar qualquer coisa” para julgar. Outro assunto, que sem dúvida, só está começando uma disputa ainda mais acirrada entre os poderes.
Mais críticas
E desde a aprovação do Supremo, as críticas pipocam por todos os lados. E elas não vêm apenas de líderes, como Lula da Nação, Rodrigo Pacheco (PSD) do Senado e Artur Lira (PP) da Câmara, que foram duros nas suas colocações. Localmente falando, o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) também já produziu um vasto material criticando a decisão do STF. O último foi um vídeo publicado em suas redes sociais no fim de semana. Nele, o senador usa uma balança com várias embalagens de orégano fazendo alusão a maconha. O peso de 40 gr representou a quantidade da droga estabelecida pelo Supremo para distinguir o usuário do traficante. Determinação que não consta na Lei das Drogas. Cleitinho encerra o vídeo com um apelo para a votação da PEC das Drogas, aprovada no Senado e que tramita na Câmara. A duas semanas para o recesso parlamentar, será que os deputados vão encarar essa pedreira antes da folga?
