O episódio registrado entre um motorista da Câmara de Divinópolis e um pré-candidato a vereador, durante a inauguração de uma praça no bairro São Bento em Divinópolis, só comprava o que todo mundo já sabe: um celular nas mãos de quem não sabe usar é um perigo. Em todos os sentidos. Quando se torna um vício, quando se aproveita das facilidades para se praticar falcatruas, e, também, quando é usado para fotos e filmagens sem autorização. E pelos relatos de quem estava na solenidade, foi exatamente este último item que aconteceu. O pré-candidato, já conhecido por este tipo de conduta, não tinha nada que filmar, não importa o quê, do outro. E muito menos o servidor contratado tinha que agir com agressão. Ridículo para os dois. Mau exemplo em local público. Um quer representar o povo, o outro, representa o Poder Legislativo. O motorista foi afastado pela Câmara. Quanto ao outro, cabe ao eleitor avaliar.
Negociações continuam
O anúncio do fim da greve de dois meses de professores e servidores administrativos da Universidade do Estado (Uemg) não cessou as negociações com o governo do Estado. Mais um encontro acalorado aconteceu nesta segunda-feira, com a mediação da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa. O debate pela valorização dos profissionais foi na Cidade Administrativa. As principais demandas da categoria, composta também pelos servidores da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), são a ampliação do regime de trabalho de 20 para 40 horas semanais, a concessão de dedicação exclusiva para o corpo docente e o pagamento da ajuda de custo dos grevistas, até o momento, cortada pelo governo. Os trabalhadores ainda cobram o aumento deste benefício. Ainda sem acordo, foi criado um grupo de trabalho para discutir a viabilidade das alterações. Acaba o ano letivo e essa pendenga não chega ao fim. Os servidores estaduais estão “cortando um dobrado”, neste ano.
Insatisfação geral
O motivo da revolta e protesto dos servidores, é o reajuste dado pelo governo de Romeu Zema (Novo), a todas as categorias. A sanção do projeto foi publicada no Minas Gerais, o Diário Oficial do Estado, na sexta-feira, 28, e se tornou a Lei 24.838, que determina recomposição salarial de 4,62%, retroativa a 1º de janeiro deste ano. Isso após mais de um mês de discussões e negociações. O Plenário aprovou em 2º turno o índice em reunião realizada no último dia 6. E mesmo assim, os valores referentes aos cinco primeiros meses do ano, vão ser pagos em parcelas até o fim do ano. É mole?
‘Acordo’
E como no meio político os “acordos” são comuns, em especial, quando uma das partes interessada sai ganhando, não surpreende. Isso teria ocorrido com a reunião prevista para acontecer nesta terça-feira, na Comissão de Administração Pública (APU) da Assembleia Legislativa. Na oportunidade seria analisado o projeto de lei que altera as regras no Instituto Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) – foi adiada. O “acordo” teria sido feito entre base e a oposição para remarcar a discussão, prevista agora para as 9h30 de hoje. O texto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia na semana passada sob protestos e tentativas de obstrução da oposição, e ainda precisa passar pela APU e pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária antes de chegar ao plenário da Casa. E vai seguir do mesmo jeito, pode apostar.
