Os sinais

As eleições municipais caminham cada vez mais para o rumo alertado, dia após dia, pelo Agora. O pleito ainda não começou, mas os pré-candidatos estão em plena campanha velada, arrastando a disputa deste ano para a lama. Talvez, nunca na história de Divinópolis tenha se visto uma eleição tão baixa e suja quanto a atual. 

A verdade é que a cidade se dividiu, assim como no cenário nacional, cada qual querendo provar que é melhor, mais honesto e capaz. Nessa guerra virtual, ataques, boletins de ocorrência, disseminação de notícias falsas mostram mais sobre si mesmos do que imaginam. Cada dia um fato novo vem à tona. É difícil até mesmo de acompanhar e, como diz o velho ditado, “enquanto isso as louças estão na pia”. 

Entre promessas de melhorias e a polarização ideológica, os pré-candidatos tentam desesperadamente se promover, enquanto atacam futuros adversários. Em meio à briga, Divinópolis e seus habituais problemas, com os moradores esperando, há anos, por solução.

A responsabilidade está redobrada. A verdade é que dá nojo acompanhar o atual cenário político da cidade. Mas, o dever chama os eleitores à responsabilidade. De nada adianta ignorar a situação, ainda mais preocupante agora, e depois implorar por mudanças. As transformações, por meio do eleitorado, acontecem no mundo real. O voto é um dos gestos mais visíveis de cidadania. 

Afinal, a oportunidade bate à porta, e não é possível ignorar os sinais, mais claros que o “sol do meio-dia”. Os escândalos já começaram, envolvendo todos os lados. Por mais que tentem se mostrar melhores, alguns revelam ser apenas “mais do mesmo”, e o discurso de renovação, na prática, se torna a velha política. Lobos em pele de cordeiro. 

Se tem um fato que não dá para deixar passar é que, em determinadas situações, os detalhes se tornam mais importantes do que está a olho nu. Os sinais dizem muito mais do que a denúncia ou o escândalo. Basta querer enxergar. E, por aqui, o que não faltam são sinais. Eles estão por todos os lados, todos os dias. Neles é possível perceber a falta de respeito dos pré-candidatos com a cidade, o despreparo, a ambição e o desejo de se manter no poder a todo custo. 

A verdade é que a “guerra virtual” promovida nessas eleições expõe muito sobre cada um, às vezes mais sobre quem filma do que quem é filmado. De ambos os lados. Só não vê, quem não quer. É tempo de separar o joio do trigo e plantar bons frutos. Identificar não apenas quem sabe onde estão os problemas da cidade, mas aqueles capazes de encontrar as soluções.

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