É inegável que desde o “boom” das redes sociais, o estímulo à desinformação ganhou espaço, e trouxe impactos desastrosos para a sociedade como um todo. Na política então, nem se fala. Os resultados têm sido cada vez mais desastrosos, e não é possível ainda mensurar como isso impactará o futuro do país. Falar de fake news, parece “chover no molhado”, mas é necessário. Afinal, o Agora tem alertado constantemente sobre como a mistura política + notícias falsas tem impactado na evolução do Brasil, e feito com que a nação dê passos largos ao retrocesso. Há pouco menos de 15 dias do início das convenções partidárias, quando os brasileiros conhecerão os cenários políticos de suas cidades, talvez a pergunta certa seja: a quem interessa manter o povo desinformado? A quem interessa espalhar a desinformação? Por todos os lados, o assunto do momento é: em quem você vai votar? A política está em pauta. Isso seria interessante, e até mesmo positivo e promissor se não fosse o fato de que muitos desses debates são regados a fake news, e à população acreditando piamente nesses “fatos”.
Ao mesmo tempo em que ainda não se pode mensurar o impacto que essa desinformação trará a longo prazo para o Brasil, é possível olhar para trás e fazer uma “linha do tempo”, de quando em 2016, alguns políticos viram o “caminho aberto” nas redes sociais, e o exploraram. Talvez, tenha sido naquele exato momento que o país foi condenado ao retrocesso. Afinal, dali para frente o que se viu foi o início de uma corrida contra o tempo, para evitar que mais danos fossem causados pelas fake news. Que elas estão presentes no cotidiano da sociedade causando estragos, isso é fato, mas é fato também que em período eleitoral elas ganham um espaço, que não deveriam ter, e tornam a disputa pelo pleito suja, violenta, e desonesta. E, é justamente neste cenário, que chega-se a outro ponto: em época de campanha as notícias falsas partem dos próprios candidatos, que tentam a todo custo “amarrar”o seu eleitorado, promovendo ataques contra os seus adversários. E, é aí que chega-se a mais um ponto: afinal, como acreditar que este país tem solução, quando quem deveria dar exemplo, consegue usar de tal artimanha, e tornar tudo mais difícil, mais obscuro, e mais desonesto para o eleitor?
O que mais impressiona é saber que não existe lado A ou B, este cenário é a realidade de milhares de cidades Brasil afora. Vale tudo para ganhar o jogo. Até mesmo as armas mais sujas, como prender o eleitorado espalhando o medo com as notícias falsas. Cientes das limitações intelectuais de grande parte dos eleitores, devido à falta de acesso à educação de qualidade, os candidatos “surfam” nessa onda, e sugam ao máximo. Provando que definitivamente o Brasil não tem muita saída. Afinal, a quem interessa manter o povo sem acesso à educação de qualidade? Espalhar o medo e o caos para manipular as eleições com essa desinformação? De fato, política não é mais para amadores. O jogo começou, e como sempre começou desleal. E, deste início já dá para ver o que se vem pela frente.
