Início » Preço da gasolina sobe e já ultrapassa os R$ 6 

Preço da gasolina sobe e já ultrapassa os R$ 6 

Diferenças de preços reflete a competitividade e a diversidade no mercado local

by JORNAL AGORA

Jorge Guimarães

Os brasileiros foram surpreendidos, no início deste mês de julho, com a notícia do aumento significativo no preço da gasolina. A Petrobras comunicou um reajuste de 7,12%, com acréscimo de aproximadamente R$ 0,15 por litro nas bombas. Em Divinópolis, o impacto foi imediato. Logo após o anúncio da Petrobras na última terça-feira, os postos locais começaram a reajustar seus preços, repassando os novos valores aos motoristas já a partir do mesmo dia. Conforme previsto, alguns postos na cidade já cobram mais de R$ 6 por litro de gasolina.

Este é o primeiro reajuste da Petrobras no ano. O aumento no preço da gasolina que os motoristas têm sentido em Divinópolis, nos últimos meses, deve-se a outros fatores de mercado, e não a decisões da estatal. 

Levantamento ANP

Levantamento recente realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), em Divinópolis, revelou uma ampla variação nos preços da gasolina em diversos pontos de vendas. A pesquisa, conduzida em 14 estabelecimentos que incluem postos com e sem bandeira, mostrou que o preço médio do combustível era de R$ 5,78 por litro na última semana.

Entre os pontos analisados, o menor preço encontrado foi de R$ 5,59, enquanto o maior preço atingiu R$ 5,99. A diferença de até 40 centavos por litro reflete a competitividade e a diversidade no mercado local, avalia o economista Leandro Maia.

— Essa variação de preços pode ser atribuída a diversos fatores, como políticas de precificação adotadas pelos postos, localização geográfica, custos operacionais e estratégias de mercado das distribuidoras. Postos sem bandeira, por exemplo, têm mais liberdade para definir seus próprios preços, o que pode resultar em uma competição mais acirrada e preços mais baixos em comparação com os postos de bandeira — pontua.

Para os consumidores, essa diversidade de preços pode representar uma oportunidade de economia, incentivando a pesquisa e a comparação antes de abastecer.

— Em um cenário econômico onde o preço dos combustíveis é um ponto sensível para o orçamento familiar e para a inflação, informações precisas e acesso à concorrência saudável são fundamentais para promover um mercado mais justo e equilibrado para todos os envolvidos. E que o consumidor não se deixe levar apenas pelo preço baixo e pesquise bem a procedência do produto — ressaltou o economista.

Preços

A reportagem também visitou ontem sete pontos de vendas e constatou as disparidades. Entre os postos sem bandeira, o preço médio praticado foi de R$ 5,99, com o valor mais baixo sendo R$ 5,95.

Por outro lado, nos postos com bandeiras, que englobam marcas como Ipiranga, Ale, Shell e Petrobras, o preço médio registrado foi de R$ 6,19 por litro. Isso representa um aumento de 3,6% em comparação com a pesquisa realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na semana anterior.

— Essa diferença nos preços entre postos com e sem bandeira reflete as estratégias comerciais das diferentes redes, assim como as variações nos custos de distribuição e logística associados a cada marca — aponta Maia.

Efeito dominó

O aumento dos preços da gasolina pode desencadear um efeito dominó significativo em diversos segmentos da economia. Isso ocorre porque a gasolina não é apenas um combustível essencial para veículos, mas também um insumo fundamental em muitas cadeias produtivas e serviços.

— Primeiramente, o aumento nos custos de transporte afeta diretamente o setor logístico, encarecendo o transporte de mercadorias. Empresas que dependem de frota própria ou de terceiros para distribuição podem repassar esses custos adicionais aos preços dos produtos finais, aumentando assim os preços ao consumidor — destaca o especialista.

Além disso, a gasolina é um componente crucial nos custos operacionais de muitos negócios, como serviços de entrega, táxis, transporte público e atividades agrícolas. Qualquer aumento nos preços do combustível pode resultar em aumentos nos custos operacionais desses serviços, o que, por sua vez, pode levar a um aumento nos preços cobrados pelos serviços prestados.

— Outro ponto importante é o impacto sobre os preços dos alimentos. A agricultura depende do transporte para levar os produtos do campo até os mercados e consumidores. Aumentos nos custos de transporte, impulsionados pelo aumento da gasolina, podem levar a aumentos nos preços dos alimentos, afetando diretamente o orçamento das famílias — acrescenta.

Inflação

Além disso, a inflação pode ser desencadeada pelo aumento dos custos de produção e transporte, afetando diversos segmentos da economia de forma mais ampla. Os consumidores podem sentir o impacto não apenas nos preços dos combustíveis, mas também em uma variedade de produtos e serviços essenciais.

— Portanto, o aumento da gasolina não é apenas uma preocupação isolada para os motoristas, mas pode ter repercussões significativas em toda a economia, afetando o custo de vida, a inflação e o crescimento econômico de maneira geral. As políticas públicas e as estratégias empresariais precisam estar atentas a essas dinâmicas para mitigar os impactos negativos sobre os consumidores e o mercado como um todo — conclui Maia.

você pode gostar

DEIXE UM COMENTÁRIO

O Portal de Notícias Jornal Agora é a fonte de informações mais confiável e abrangente para a nossa comunidade. Com foco exclusivo em acontecimentos que afetam diretamente nossa região, oferecemos uma visão única e aprofundada dos eventos locais, mantendo os residentes informados e engajados.

Notícias Recentes

Veja Também

@2024 – Todos os direitos reservados. Projetado e desenvolvido por @lethiciamauridg

7 edição - agora gastronomia
Abrir bate-papo
Fale com nosso time comercial
Olá!
Podemos ajudá-lo?
-
00:00
00:00
Update Required Flash plugin
-
00:00
00:00