Vidas! Pessoas! Seres humanos! Famílias! Sentimentos! É isso que existe por trás de números, de dados, das estatísticas. Na próxima semana iniciam-se as convenções partidárias. Apesar dos “burburinhos” nas redes sociais, dos lançamentos das pré-candidaturas, vai ser só no dia 5 de agosto, prazo final para as candidaturas serem registradas, que a população conhecerá as suas opções. Mas, o fato é que com esses “burburinhos” de internet já dá para traçar um perfil do que vem pela frente. Nas rodas de conversa, nos eventos, é impossível não “esbarrar” no assunto política. Porém, o que chama a atenção não o tema ser debatido pelo povo, mas a forma como ele é discutido pela população. É fato que não dá para exigir muito do eleitorado divinopolitano, visto que mais de 65% estão divididos entre: ensino médio completo (30,01%), ensino fundamental incompleto (23,08%) e ensino médio incompleto (14,76%). Muita gente pode achar que não, mas a escolaridade influencia, sim, na hora escolher os governantes. O acesso à educação determina de forma significativa, quando o assunto é lidar com as eleições. Mas, voltando à questão da forma como o povo lida com política, com esses “burburinhos” já é possível fazer um “limpa” até 05 de agosto.
Por mais que algumas pessoas achem bonitinho os vídeos, as encenações, as modinhas de internet, a verdade é que o assunto política precisa urgentemente ser levado mais a sério. Afinal, na hora falta de leitos em hospitais, de vagas em creches, do aumento na conta de água por criação de mais taxas, da falta de médicos em postos de saúde, na UPA superlotada, não tem modinha, não tem discurso bonito, não tem religião capaz de mudar a realidade. No real é que “o filho chora e a mãe não vê”. Por mais que o “play” só seja apertado no dia 15 de agosto, já é possível passar a peneira. E, usar como critério principal, como o candidato lida com assunto tão importantes, pois por trás desse mundo de ilusão chamado internet existem pessoas, famílias, sentimentos. Por trás das modinhas, dos vídeos, dos discursos, existe um povo que precisa da vaga no hospital, depende uma vaga na creche, necessita do transporte escolar, precisa de um atendimento na UPA. Por trás desse mundo de discursos prontos e ensaiados, a vida urge, acontece, e a realidade cobra.
É preciso sim falar sobre política, debatê-la exaustivamente, mas é preciso fazer de uma forma séria e responsável. Pois, do lado de cá, no mundo real, onde existem mais dores do que amores, é necessário que não só os candidatos, mas também o povo leve o assunto com mais seriedade. Afinal, para ser representante é de suma importância é preciso ouvir, é preciso ver que muito além de um voto, ali existe uma pessoa, uma família, que dependerá de cada passo, de cada decisão dos seus representantes, que definirão se ele irá ter qualidade em seu dia a dia ou não. É chegado o momento de refletir, de passar a peneira, de falar sério, pois no fim de tudo, brincadeirinhas, e modinhas de internet não mudam destinos. O que muda mesmo são as ações, é o olhar, o respeito e a responsabilidade, pois além do voto existem pessoas.
