Os bastidores 

Entender política não é apenas acompanhar vídeos, conversar vez ou outra com vereadores e assistir uma reunião da Câmara. Quem imagina saber sobre o assunto tendo acesso apenas ao raso está completamente enganado. A política de verdade, com planos, estratégias e que define rumos acontece nos bastidores, muitas vezes em silêncio e sem a presença das câmeras. Muita gente sequer imagina, mas é lá que a política, de fato, acontece. 

É oficial, o período eleitoral chegou. As convenções começaram sábado e se estendem até 5 de agosto. Faltam menos de 30 dias para o início oficial das campanhas eleitorais, mas a verdade é que a guerra está declarada desde o ano passado. E não é difícil conseguir detectar isso. Basta puxar “o fio da meada” para constatar que agora a situação apenas se intensificou, e que os bastidores falam mais do que se pode imaginar. 

Diantes os fatos que se desenrolam mediante a morte precoce do vereador Zé Braz (PL), é bom o eleitor ficar não só com os dois olhos abertos, mas arrumar um “terceiro olho”, porque a coisa definitivamente não está para brincadeira, para “achismo”, e o mais importante, para amadorismo. Afinal, não faltam candidatos no “varejo”, apenas por estar e, caso sejam eleitos, conseguirão transformar o Poder Legislativo de Divinópolis em algo pior do que já é. E, como dizem, “depois não adianta chorar pelo leite derramado”. 

Apesar de os bastidores dizerem muito mais do que está aos olhos do eleitorado, já é possível, sim, ver sinais claros de quem merece ter uma chance, e de quem não deve sequer pensar em ocupar uma das 17 cadeiras. Talvez uma das primeiras perguntas que o povo deve fazer ao seu candidato seja: você sabe o que um vereador faz? Ao invés de pedir coisas, ou se iludir com respostas rápidas e decoradas, e vender seu voto “a preço de banana”. A conta vem das mais variadas formas. Depois, não adianta chorar. 

Talvez uma das formas de sair do mais do mesmo, e trazer uma ponta de esperança para essa cidade, seja os eleitores questionarem: o que você quer com esse poder que eu posso lhe conceder? Afinal, todos sabem que para se ter a tão sonhada mudança é preciso que em primeiro lugar o povo mude as suas posturas. De nada adianta pedir, cobrar, lamentar, quando se tem a oportunidade nas mãos, fazer tudo da mesma forma. 

Apesar de a política real acontecer nos bastidores, já é possível sim identificar quem está indo com “muita sede ao pote”, quem quer esse poder a todo custo. Dá sim para se ter uma noção de quem está no “vale tudo pelo poder”. Mas, além de apenas identificar, é preciso agir, e claro, fazer as perguntas certas. Pois, ideologias, vídeos na internet não mudam a realidade. Desligou a câmera tudo continuará exatamente igual. As palavras se vão com o vento, o que fica mesmo são as ações. E, é fato que para agir é preciso no mínimo saber o que se faz como representante de um povo. A oportunidade de mudar está aí!

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