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Adélia Prado é homenageada na Academia Brasileira de Letras

Ator Tony Ramos leu poemas da divinopolitana durante a cerimônia

by JORNAL AGORA
Fotos: Divulgação - Ator Tony Ramos prestigia Adélia Prado

Da Redação

A poeta divinopolitana Adélia Prado foi homenageada na última semana na Academia Brasileira de Letras (ABL). A instituição, que comemora 127 anos,  realizou uma solenidade no Salão Nobre do Petit Trianon, no Rio de Janeiro. 

Na ocasião, foram entregues os mais importantes prêmios da Instituição este ano. Entre eles, o  Prêmio Machado de Assis, concedido à Adélia. Ela não pôde comparecer, mas gravou vídeo lendo poemas. A honraria foi recebida por sua filha, a atriz Ana Prado. 

Importância

O presidente da ABL, Merval Pereira, destacou a importância da homenagem. 

— Adélia Prado é a maior poeta brasileira. Resolvemos homenageá-la porque estávamos devendo isso a ela e à poesia brasileira — declarou.

O ator Tony Ramos disse que Adélia é essencial no universo literário brasileiro.

— É muita responsabilidade ler os textos de Adélia Prado. A querida Fernanda Montenegro fez ‘Dona Doida’ no teatro, no passado, e você tem aqui, para um ator como eu, uma caminhada tão longa na profissão, no mínimo, uma grande emoção —  afirmou.

Outros prêmios

Considerada, por muitos, a maior poeta viva do Brasil e uma das maiores da história, a poeta, professora, filósofa, romancista e contista divinopolitana, Adélia Prado, continua marcando seu nome e conquistando importantes premiações.  

Além do ‘Machado de Assis’, Adélia faturou o Prêmio Camões, o mais importante da Língua Portuguesa. Ao todo, ela recebeu quase R$ 600 mil em prêmios.

Prêmio Camões

A premiação foi criada em 1988 e tem como objetivo consagrar autores importantes e que marcaram a história da língua portuguesa, com contribuições para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural.

É considerado o mais importante prêmio da Língua Portuguesa e contempla, anualmente, autores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Por isso, a comissão julgadora é composta por representantes do Brasil, de Portugal e de países africanos de língua oficial portuguesa.

Escolha

A escolha do Camões 2024 se deu após um júri popular, que aconteceu de maneira virtual e contou com a presença de professores e escritores, entre eles: o escritor e professor Deonisio da Silva (Brasil), o professor e pesquisador Ranieri Ribas (Brasil), o filósofo e crítico de arte poética Dionisio Bahule (Moçambique), o professor Francisco Noa (Moçambique), a professora Clara Crabbé Rocha (Portugal) e a professora Isabel Cristina Mateus (Portugal).

Mesmo há dez anos sem lançar uma obra, o júri entendeu que Adélia é autora de uma obra original e que se estende por décadas, com destaque para produções poéticas. Além disso, ela é voz inconfundível na Literatura. A poeta pretende lançar um livro de inéditas ainda neste ano. 

Outras conquistas

A lista de conquistas de Adélia é bem extensa. No ano de 1978, ela ganhou o primeiro grande reconhecimento, com a conquista do Jabuti de Literatura. Depois, a divinopolitana venceu o prêmio de literatura infantojuvenil em 2007.

Em 2010, duas conquistas: o prêmio literário da Fundação Biblioteca Nacional e o prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte. A segunda metade da década reservou mais três prêmios, com a conquista do Prêmio Clarice Lispector, em 2016, da Literatura do Governo de Minas Gerais, em 2017, e da Associação de Artistas e Designers de Artes Aplicadas da Sérvia.

Vida 

Adélia Luzia Prado de Freitas nasceu em Divinópolis no ano de 1935. Formada como professora, dedicou 24 anos de vida a este trabalho, até decidir focar na carreira de escritora. 

As obras de Adélia retratam, com perplexidade e encanto, o cotidiano. Uma de suas principais características sempre foi se nortear pela fé cristã, permeada pelo aspecto lúdico. Seu papel na literatura está muito além das obras, já que ela foi símbolo de revalorização do feminino nas letras e da mulher como ser pensante, tendo-se em conta que Adélia incorpora os papéis de intelectual e de mãe, esposa e dona-de-casa.

Atualmente, Adélia tem 88 anos e mora em Divinópolis. No final de 2023, a poeta anunciou que pretende lançar, no segundo semestre deste ano, um novo livro. A obra busca dialogar com a dor e a angústia vividas nestes 10 anos que passou sem escrever e deve se chamar “Jardim das Oliveiras”. 

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