O processo para implantação de uma indústria farmacêutica em São José dos Salgados, avança. Diretores da Ecadil estiveram nesta segunda-feira com o prefeito Edson Vilela (PSB) e o diretor de Desenvolvimento Econômico, José Elísio Batista em Carmo do Cajuru para visitar o espaço onde a empresa será instalada. É a primeira unidade em Minas Gerais que distribuirá os produtos para todo país. Os dois CEOs da empresa se disseram encantados com a estrutura e o tratamento recebido na cidade vizinha. A expectativa é de que a vinda da Ecadil para o Município atraia outras empresas. Inclusive já existe até consultas de terrenos com este fim. Confirmação que, sem dúvida, contribui para que Vilela, responsável por grandes feitos em Cajuru, feche seu segundo mandato com chave de ouro.
A indústria
A Ecadil Indústria Química SA tem sede em Cosmópolis, São Paulo e suas principais atividades são a fabricação de todos diversos produtos químicos e de preparação farmacêutica. Tem na administração e sociedade, José Antônio Costabile, como presidente, e José Fernando Paolone, diretor. As negociações para a instalação em Cajuru começaram há quase dois anos e neste período foram realizados todos os trâmites burocráticos. Com uma empresa desse porte, ganha a região Centro-Oeste e Minas Gerais e, principalmente, Carmo do Cajuru, que é apenas uma cidade pequena, porque a capacidade de seus articuladores é gigantesca. Com destaque é claro, para Edson Vilela e José Elísio.
Fora do cargo
Por decisão do governo de Romeu Zema (Novo), o presidente da Gasmig, Gilberto Valle Filho, deixa o comando da empresa. Ele já teria sido comunicado que não dirigirá mais a estatal mineira. Apesar de a decisão já ter sido tomada, a saída de Valle só deve ser oficializada amanhã durante reunião do Conselho de Administração da empresa. O encontro já foi adiado por duas vezes, mas não deve passar desta semana. O substituto já foi anunciado. Trata-se do administrador Carlos Camargo de Colon, já inserido na estatal como membro do Conselho de Administração. Indicação do presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi e do diretor da concessionária de energia. O escolhido já presidiu a Sulgas, conhecida comio “Gasmig gaúcha”. Não chega a ser surpresa quando se trata de cargos deste nível. “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
Atritos indicam
Indicações que, infelizmente, envolvem política e principalmente quem a financia. Situações de praxe quando se trata das “negociatas” no Brasil. Gilberto Valle Filho comandava a Gasmig desde 2021, quando entrou no lugar de Pedro Magalhães Bifano. Informações de bastidores dão conta de que sua saída passa, inclusive, pelo descontentamento que políticos tiveram quando seu antecessor deixou a empresa. Porém, parte do governo mineiro defendia a permanência do empresário, mas foi voto vencido. Mas, o ponto crucial para a decisão da saída de Gilberto Valle Filho teria sido atritos com a Cemig. A estatal de energia é a principal acionista da Gasmig – tem 99,57%. Os outros 0,43% restantes pertencem a cidade de Belo Horizonte. Está explicado.
Clima e outras frentes
Ainda em recesso parlamentar, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) divulgou um balanço sobre as ações realizadas no primeiro semestre. Entre as principais, estão as mudanças climáticas e a estruturação de ações de resposta a desastres naturais que seguem como prioridades no restante de 2024. Para discutir as políticas públicas necessárias para conviver com os fenômenos climáticos extremos, por exemplo, foi realizado o Seminário Técnico Crise Climática em Minas Gerais – Desafios na Convivência com a Seca e a Chuva Extrema. O endividamento do Estado é outro assunto que rendeu discussões e, certamente, continuará pautando reuniões, pois continua sem solução.
