É preciso muito mais 

17 dias. É o que falta para o início da campanha eleitoral. Apesar de o calendário marcar quanto falta para que os candidatos comecem oficialmente a pedir votos, a verdade é que a política já está mais do que movimentada. A caça aos votos segue a todo vapor. Tem pré-candidato para todos os lados. Em todos os lugares. E, como dito aqui na última semana, nessa vida mão dupla, chamada política é preciso que não só o povo tenha consciência da sua responsabilidade, mas que os governantes, e também aqueles que querem entrar no poder comecem a entender que determinados movimentos na política são provisórios, e que é preciso se adaptar. Já é possível sentir por aí um sério descontentamento da população que entra mais uma vez na “descrença” dos políticos. Ao que tudo indica, a febre do acreditar piamente, cegamente nos vídeos e nos discursos montados das redes sociais, tem passado. Parece que o povo vai acordando aos poucos, e vendo que basta desligar a tela do celular para se deparar com a realidade, que segue dura e cruel como há dez anos. Os discursos de revolta e as gravações não resolveram. Ficaram só ali mesmo, no ilusório, no blábláblá. 

Fica claro uma via de mão dupla. Se de um lado tem um movimento, do outro é automático ter também. Por mais que a época de compra de votos, de promessas para todos os lados tenha chegado, os candidatos devem sim, se atentar ao fato de que os eleitores já perceberam que estão pagando uma conta cara, e que os governantes simplesmente não conseguem apresentar soluções para problemas graves, como por exemplo, a saúde pública. É chegado o momento de os candidatos verem que se um lado o povo tem ficado mais atento a quem de fato está trabalhando, e tentando melhorar o mínimo que seja essa realidade cruel, do outro é mais do que necessário refletir e ver que política é coisa séria. Política vai além do poder, da vaidade. São vidas em jogos. A consciência dos representantes do povo e dos postulantes a algum cargo, tem pesar. Governar não é brincadeira, e muito menos apenas um marketing bonito de rede social. Representar uma população é assunto sério, e não é para qualquer um. O momento leva à reflexão de que talvez o tempo de levar a coisa com mais responsabilidade tenha chegado. E que para representar não se resume em apenas falar, prometer, mas fazer, trabalhar, colocar a mão na massa. 

E mais do que isso: um olhar clínico atencioso.  É necessário ir além das palavras, e do mais do mesmo, que só mostra problemas. É preciso apresentar solução. Ao que tudo indica o tempo de teatrinho na rede social está com os dias contados. Afinal, se tem uma coisa que não está girando é essa tal engrenagem, pois os problemas continuam lá. Poucas soluções têm sido apresentadas. É só bloquear a tela do celular para constatar que tudo continua exatamente igual. Em um jogo que está cada dia mais quente, e mais próximo de piorar, cada um precisa  entender o seu papel, mas principalmente os governantes e candidatos. É preciso que a consciência pese, e todos vejam que não é só de promessas e discursos bonitos são feitas as eleições. O tempo do trabalho, da ação está se aproximando, já é possível sentir. Só não vê quem não quer.

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