‘Parada dura’

A confirmação do nome de Laiz Soares em convenção, como candidata a prefeita de Divinópolis, dá oficialmente a largada rumo ao Executivo nas eleições 2024. A cabeça de chapa teve seu nome oficializado na noite desta segunda-feira na Câmara que teve plenário lotado. Além de correligionários e apoiadores, Laiz contou com  a presença  dos deputados Cássio Soares, presidente do PSD em Minas, de Reginaldo Lopes (PT), e Lohanna França (PV). Todos fazem parte da federação PV, PT e PC do B, que declaram apoio  à chapa de Laiz, que tem como vice, o vereador Ademir Silva (PSDB). Mas, não são os únicos. Outras siglas, PRD, REDE, PDT e Cidadania, que tem como mandatário em Minas, o deputado João Vítor Xavier,  compõem a “Coligação Divinópolis Pode Mais” slogan adotado pelo grupo que vai disputar a principal cadeira do Município como pré-candidato à reeleição Gleidson Azevedo (Novo) e Janete Aparecida (Avante). Pelo apresentado até agora, a disputa promete. Além de outros fatores, o ato de coragem de Laiz em enfrentar essa “parada dura”, precisa ser ressaltado, visto que os outros que colocaram seus nomes à disposição anteriormente, “caíram no mato”. 

Saia justa 

É o que parece viver o presidente municipal do Cidadania, Josafá Anderson. A razão é que apesar de não se dizer ‘situação’ ao prefeito Gleidson, ele apoia muito mais a atual Administração do que discorda. No entanto, o mandatário da sigla em Minas Gerais, o deputado João Vítor Xavier, já declarou apoio total à candidatura de Laiz Laiz Soares. Porém, o vereador, não se sente nesta posição.  Disse à coluna que manterá a neutralidade nos apoios, mas como defende a democracia, o partido local deixou aberto aos membros da legenda para seguir com qualquer um dos dois candidatos. Vale ressaltar que o PSDB que está na federação do Cidadania tem  Ademir Silva, vice de Laiz. Sobre este fato, Josafá revela que foi discutido abertamente com a executiva estadual e ficou acertada a liberdade de escolha de cada um. Para ele é salutar essa disputa e tudo acontece sem nenhuma divergência, tanto que as legendas têm apoiadores das duas chapas. Para os dois postulantes à Prefeitura, não há problema nenhum, muito pelo contrário. Mas, e para o vereador? Seus eleitores entendem sua postura? Ele diz está tranquilíssimo. Se é assim, isso é o que importa. 

Está proibido

Enquanto alguns partidos agem de forma natural e aberta na questão de apoios, outros, “a ferro e fogo”. O PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, proibiu que o partido apoie e receba apoio de PT, PC do B e PV. A determinação está em uma nota assinada pelo presidente estadual da legenda, Domingos Sávio, deputado federal por Divinópolis. Conforme o parlamentar, a proibição visa manter a coerência nacional do partido, seus princípios éticos e responder a comunidade política e a orientação das lideranças da legenda que exigem tal postura. E a norma é ainda mais dura: em caso de descumprimento, a convenção será invalidada e destituída a comissão provisória do município. Ou seja, obedece ou está fora. Difícil alguém ousar!

E o outro lado?

E se por acaso,  algum partido da coligação PT, PC do B e PV decidir apoiar o PL? A pergunta foi feita pela Rádio Itatiaia a Sávio, autor da proibição. O deputado foi categórico: disse que se o PT fizer parte da coligação majoritária, o PL está fora. Conforme ele, o candidato a prefeito terá que escolher o apoio formado do PL ou do PT, já que com o Partido dos Trabalhadores, o Liberal não caminha. Disse também que se a sigla do presidente Lula fizer parte da coligação majoritária, declarado formalmente apoio a um prefeito, o PL não comungará com a decisão. Afirma  que o PL é oposição ao PT e não participa de coligação que ele faça parte. Ainda ficou alguma dúvida?

Declarou apoio 

O assunto proibição não é o único do PL nesta semana. O diretório municipal que tem à frente Chèrie Mourão, esposa de Domingos Sávio, realizou a convenção do partido também nesta segunda-feira à noite. Na oportunidade foram sacramentados 18 nomes que vão disputar uma vaga na Câmara nas eleições de outubro. Na reunião que teve a presença do deputado federal, foi fechado acordo para apoio a Gleidson Azevedo — que terá  seu nome confirmado em convenção do Novo no próximo domingo—, rumo à Prefeitura mais uma vez. Na verdade, zero surpresa.

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Difícil escolher 

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