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Deplorável 

by JORNAL AGORA

A população assistiu mais um capítulo deplorável na história do Poder Legislativo nesta quinta-feira, 1º de agosto. A primeira reunião ordinária que marca o retorno dos vereadores para o segundo semestre de 2024 virou um vexame. A verdade é que por mais que foi mais um capítulo lamentável para a Câmara, as atitudes não surpreenderam, e não foram nada além do que infelizmente a população se acostumou. Que a vaga do vereador Zé Braz, morto em um acidente de moto na madrugada do dia 21 de julho, foi parar na Justiça, isso todos já sabem, mas a questão aqui é que os envolvidos conseguiram arrastar a disputa para a lama. A coisa foi para além do que as “quatro linhas do campo” permitem. A busca desenfreada pelo poder conseguiu mais uma vez levar o Poder Legislativo divinopolitano para o “alçapão do fundo do do poço”. Bastou o presidente da Câmara, Israel da Farmácia (PP) anunciar que não iria empossar o até então suplente de Zé Braz, Washington Moreira para que o circo fosse armado mais uma vez. Como de praxe, acusações por todos os lados, vídeos, ameaças e tudo aquilo que os divinopolitanos já se acostumaram com a política local. 

Deplorável. Desrespeitoso. Essas são as palavras perfeitas para definir a situação que envolve a morte, a memória de um vereador. Existe um fato, mas mais uma vez a busca desenfreada para estar no poder faz com que as pessoas percam o bom senso, e queiram fazer prevalecer a todo custo a sua opinião. E, a frustração vem neste ponto. Pois, uma opinião não sobrepõe um fato. Quer o povo queira, quer não, neste país ainda existem leis para garantir o mínimo de sanidade que seja. O fato: um vereador morreu, existe uma vaga para ser preenchida no Poder Legislativo. E, aí, quem ocupa a vaga? Segundo fato: ocupa quem está de acordo com o que determina a Lei Eleitoral. Opinião: “eu acho que eu devo ocupar…” Por mais que tentem, mas a verdade é que uma opinião nunca irá conseguir sobrepor um fato. E, se o candidato A ou B achar que a Lei está ao seu lado, então que ele lute, mas lute com o que as normas eleitorais o permitem. Passou disso, extrapolou as “quatro linhas”, não aceitou decisão, fez escândalo, deu show, é apenas a certeza de que o quê estava na disputa não era a representatividade de um povo, mas sim o ego, a vaidade, o desejo incontrolável de estar no poder. 

Vergonhoso. Deplorável. Desrespeito. Essas são algumas palavras que podem definir o capítulo de ontem vivido na Câmara. Muitas outras poderiam estar aqui nestas linhas para ajudar a demonstrar um pouco do sentimento que foi ao ver aquelas cenas registradas nos corredores do Poder Legislativo. Mas, talvez o melhor seja parar por aqui e apenas deixar a reflexão: qual Divinópolis a população quer para os próximos quatro anos? Se por um lado o capítulo desta quinta-feira se junta a tantos outros tristes já gravados na história da Câmara, talvez, ele traga algo positivo, como a oportunidade de o eleitor analisar bem as suas escolhas no dia 6 de outubro. E, claro, deixar de lado suas paixões, pois esse desejo desenfreado de tentar fazer com que uma opinião sobreponha um fato só faz com que a cidade ande em círculos.

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