José Carlos de Oliveira
Mulheres salvando o Brasil
Com os Jogos Olímpicos de Paris se encerrando no próximo fim de semana não devemos ter grandes mudanças no quadro de medalhas até o domingo, em relação ao Brasil, que ainda luta para quebrar seu próprio recorde (que é de 21 medalhas, em Tóquio-2020, quando conquistou sete ouros, seis pratas e oito bronzes). Mas isso dificilmente vai acontecer, com o número devendo ser inferior.
Mudança de rumo
Ainda podem acontecer surpresas? Sim, mas faltando apenas sete dias para o término dos jogos (encerramento será no domingo, 11, isso dificilmente se tornará realidade, pelos mais diversos fatores, mas principalmente pelo fraco desempenho dos atletas masculinos, que neste ano estão abaixo do que se esperava deles. Até mesmo no Judô, o carro chefe do Brasil em jogos olímpicos, a atuação dos homens ficou abaixo do normal. Das 11 medalhas conquistadas até a manhã de ontem pelo Brasil, apenas duas foram com os atletas masculinos – prata com Willian Lima, no Judô, e Caio Bonfim, na marcha atlética, além da conquista por equipes no judô. As demais ficaram com as meninas, heroínas, do esporte brasileiro.
Com show de Rebeca
E os números do Brasil em Paris só não são mais vergonhosos porque Rebeca Andrade entrou em ação, e das 11 medalhas até agora conquistadas, nada menos que quatro foram com ela.
Com a conquista do ouro no solo, na manhã de ontem, Rebeca encerrou a sua participação em Paris 2024 com quatro medalhas: o bronze por equipes, a prata no individual geral, outra prata no salto, e o ouro no solo nesta segunda-feira.
Medalhas que a tornaram uma das maiores do País em jogos olímpicos, em todos os tempos. As medalhas na atual edição se juntam às duas conquistadas por ela em Tóquio 2020: ouro no salto e prata no individual geral.
Atleta do handebol carrega adversária nos braços – E uma cena, que correu o mundo no fim de semana, certamente ficará na história dos jogos olímpicos de Paris, e tendo como atração mais uma de nossas heroínas do esporte, numa imagem que vale mais do que qualquer medalha. A foto da jogadora brasileira Tamires, da seleção feminina de handebol, carregando no colo a adversária angolana que se machucou durante a partida entre Brasil e Angola, valendo vaga para as quartas de final dos Jogos de Paris, certamente será uma das imagens mais emblemáticas dessas Olimpíadas. A partida, com vitória e classificação do time do Brasil para as quartas de final, foi disputada no último sábado.
Começa o ano para o Guarani
Finalmente vão chegando ao fim as especulações e o Guarani 2024 começa a sair do papel, com a chegada dos primeiros atletas contratados e o anúncio do novo treinador. Uma entrevista coletiva na noite de hoje será o pontapé inicial. Confesso que o nome do treinador, anunciado na semana passada e que será apresentado hoje, é para mim um ilustre desconhecido. Só espero que a diretoria tenha acertado na escolha e que o tal João Paulo de Oliveira venha a ‘queimar a minha língua’.
