Divinópolis terá mesmo duas chapas brigando pela Prefeitura nas Eleições 2024. O nome de Laiz Soares (PSD) que tem como vice o vereador Ademir Silva (PSDB) havia sido confirmado na última segunda-feira na Câmara. No domingo, foi a vez do encontro na quadra do Lar dos idosos sacramentar a dupla Gleidson Azevedo (Novo) e Janete Aparecida (Avante). Agora, a corrida pela principal cadeira do Município começa de fato. E, neste ano, bem mais fácil para a população, pois terá a oportunidade de acompanhar e analisar melhor na hora da escolha. Muito diferente de 2020, quando precisou “rebolar” para optar entre uma das nove candidaturas. Se facilitou para o povo está de bom tamanho. O que se espera agora é que saiba fazer uma boa escolha.
Cota cumprida
Pelo menos no papel, todos os partidos cumpriram a cota que inclui as mulheres na disputa eleitoral. Ou seja, 30% do total dos candidatos lançados. A Emenda Constitucional nº 97/2017 vedou, a partir de 2020, a celebração de coligações nas eleições proporcionais para a Câmara dos Deputados, Legislativa, Municipais e assembleias legislativas. Um dos principais reflexos da mudança é que cada partido deverá, individualmente, indicar o mínimo dessa porcentagem de mulheres filiadas para concorrer no pleito. Uma aberração, uma lei precisar determinar a inclusão. Mas, como o machismo ainda persiste impregnado, inclusive em muitas mulheres, que por ciúmes ou inveja, preferem votar em homens, não houve outra saída. Em Divinópolis, dos 18 candidatos aprovados por cada partido, 6 são mulheres. No limite do exigido. O legal é se fosse bem mais. Resta então torcer para que tudo esteja dentro da legalidade, e não aconteça como o PSL, partido que elegeu Diego Espino, e que por ter usado candidaturas laranjas femininas, foi punido e culminou na cassação do vereador.
É hoje?
Pergunta que não quer calar sobre o substituto do vereador Zé Braz na Câmara. A reunião da última quinta-feira, empossaria Washington Moreira (Solidariedade), mas teve uma reviravolta. Decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), suspendeu a liminar da Vara da Fazenda Pública e Autarquias, que concedia a vaga a Washington. Ele, que já contava com público para prestigiá-lo, criticou de forma dura a decisão da Câmara, que optou em não empossar nem ele, nem Deusdete Campos, que é o dono da cadeira no entendimento do TJMG. A confusão então tomou conta da reunião. O presidente da Casa, Israel da Farmácia (PP), garantiu no dia que a posse ocorreria na próxima reunião, ou seja, hoje. Isso, se não houver outra determinação judicial, é claro. Uma pena que a morte trágica e precoce de Zé Braz, tenha ficado em segundo plano graças a vaidade e o ego de quem faz de tudo e mais um pouco pelas mamatas da política.
Efeito suspensivo
O PV entende que a vaga é de Deusdete Campos, uma vez que Washington, 1º suplente na eleição de 2020, deixou o partido para se filiar ao Solidariedade. O desembargador Alberto Diniz Júnior do TJMG suspendeu a liminar da Vara de Fazenda Pública e Autarquias que determinou que o suplente de Zé Braz seria Washington Moreira. O pedido de efeito suspensivo foi feito pelo PV Divinópolis. A decisão afirma que Washington saiu do PV, sigla pela qual Zé Braz foi eleito, e por isso perdeu a vaga, mesmo sendo o 1º suplente do parlamentar nas eleições de 2020. No entanto, a defesa dele entende que, conforme lei eleitoral, a pessoa só perde a vaga por infidelidade partidária. Pelo visto, até se chegar a um denominador comum, ninguém está garantido na cadeira.
Nem o presidente
Nem mesmo o presidente da Câmara, Israel da Farmácia soube afirmar no dia da confusão quem tomará posse. Disse apenas que muita coisa pode acontecer e que assume a vaga de Zé Braz, aquele que a Justiça mandar. O problema é que a Justiça em suas esferas diferentes mandou os dois. O que fazer, então? O próprio presidente deixou claro que tudo pode acontecer. Afirmou também que a Presidência não tem preferência. E não pode ter mesmo, basta seguir os que as leis mandam. Mas, neste caso, está difícil de cumprir até isso, visto que a cada dia, sai uma nova decisão.
