Faltam 10 dias para o início oficial dos jogos políticos, e o que mais se vê por aí são candidatos fazendo de tudo para aparecer. Promessas e revolta começam a ficar em evidência. Momento em que todos têm uma solução para todos os problemas da cidade. Os discursos são para todos os gostos. E esse é o objetivo, é claro. No entanto, a responsabilidade por trás desse grande teatro que se forma agora está com os eleitores. A cada eleição fica mais claro, mais evidente que não dá mais para votar com paixão, com o coração, com fanatismo. Aliás, se tem algo que definitivamente não se pode fazer é escolhas levadas pelo calor que o momento traz. O cenário político local exige mais seriedade, e menos paixão. É preciso raciocinar, por mais que o sentimento tente falar mais alto, pois não tem como exigir algo de quem não tem condições nenhuma de dar.
De nada adianta agir com emoção, e depois ir para as redes sociais e reclamar que Divinópolis está igual, que a política local é ruim. E, por mais que falem que não é possível identificar quem consegue ou não representar um povo, este é um grande engano. Dá sim para separar o “joio do trigo”, e se chegar a quem de fato quer trabalhar por um povo, não apenas estar no Legislativo ou no Executivo, pelo poder e pela vaidade. O primeiro ponto, talvez seja enxergar que ocupar uma cadeira no Poder Público exige mais do que vídeos na internet, e discursos vazios. É preciso além de aceitar o processo, entender que uma coisa é a vida no mundo ilusório, onde tudo é possível, e tudo é lindo, e outra é o real, onde existem leis, normas, para tentar garantir o pouco de dignidade que resta neste país. Por mais que os jogos começaram o ano passado, nas próximas semanas tudo ficará ainda mais intenso, recaindo sobre o eleitor o dever de escolher o que ele acha melhor para a cidade. E, claro, tirando os óculos do mundo da fantasia, onde tudo é lindo, tudo é possível, e encarar a realidade, sendo a primeira delas, a que ainda existem regras do lado de cá, e que as coisas não se resolvem do jeito que as redes sociais querem.
E, é justamente neste ponto que os eleitores devem se perguntar: quem está apto para trazer resultados, para lutar pelo povo, mas dentro da realidade, dentro que o mundo real exige de todos dia a dia? Pois, é fato que todos querem solução para os problemas que assolam a cidade, mas é preciso conseguir separar o que é real e o que é ilusório. Ainda mais neste momento, onde a busca por likes e compartilhamentos estão a todo vapor. Talvez outro ponto importante a ser lembrado neste momento, é que gostar de candidato X não faz com que ele seja um bom representante, principalmente quando o assunto é Poder Legislativo. Achar “fulano legal” não o transforma em um bom legislador. Se o tempo de promessas chegou, junto com ele chega também o de fazer o dever de casa, e de tirar os óculos do romantismo, pois depois de eleitos, não adianta chorar, muito menos se arrepender.
