Venezuela, Eleições e a ONU

CREPÚSCULO DA LEI – Ano VI – CCXCIII

(Primeiro documento IMPRESSO a se referir ao “Novo Mundo”, a Suma de Geografia – Martin Fernándes de Enciso, editada em Sevilla, 1519 – esclarece que Venezuela vem de “VENEÇIUELA”, em referência a “Água Grande”, nome dado pela população originária que habitava as margens do lago Maracaibo, em alusão ao que entendiam como grande “golfo de mar”. Chamar Venezuela de “pequena” Veneza é puro eurocentrismo.)

A Venezuela está sob ataque. Novamente.

Os assaltantes, os mesmos.

Os assaltantes querem seu petróleo a todo custo, uma vez mais com a farsa da “defesa da democracia”. 

Desde quando os EUA se preocupam com democracia no planeta, se são seus maiores violadores?

Em qual país do mundo, daquelas dezenas de nações que foram vítimas de invasões americanas, ataques ou golpes, restou ali algum vestígio de democracia?

É materialismo histórico que, por onde passam as forças bélicas americanas, só deixam um rastro de morte, pobreza e exploração.

Qualquer povo do planeta que ouse contradizer o imperialismo americano é alvo de suas sanções (ilegais e arbitrárias). São tratados como povo terrorista em lista unilateral e seus líderes chamados de “ditadores”. 

Sim. O grande ditador do mundo tem a petulância de se referir à resistência legítima de suas vítimas como aquilo que, na realidade, são eles mesmos que representam, ou sejam, são tiranos planetários.

O imperialismo americano sequer tem um mínimo de constrangimento por ser protagonista atual de um genocídio/holocausto contra a Palestina ao alimentar o sionismo israelense, ou a guerra por procuração contra a Rússia, mediante o nazismo de líderes ucranianos levados ao poder em golpe de 2014.

A Venezuela resiste. O petróleo é do povo venezuelano. Mesmo com pesadas sanções impostas – crimes contra a humanidade – e que estabelecem níveis de pobreza inaceitáveis contra o povo de “Veneçiuela”, sim, há resistência.

Não se vê, nem se escuta, da parte da grande mídia, que há grande desvantagem em competir nas eleições em um país submetido às sanções americanas. Tudo favorece à oposição, mas ainda assim o povo venezuelano resiste.

Isto chama-se honra nacional, um fenômeno de apego ao país resultante da galhardia constatada no reconhecimento histórico do real espoliador e explorador que vem do Norte.

O sistema eleitoral venezuelano é ainda mais confiável que o brasileiro. Lá, a votação eletrônica emite um comprovante de votação que são lançados em urnas, estabelecendo uma referência binária de auditoria.

A exigência dos perdedores pelas tais “atas” é a mesma bazófia usada pela extrema direita no Brasil pelos tais “códigos fontes”. 

(ATA É AQUELA EMITIDA PELA MÁQUINA DA VOTAÇÃO ELETRÔNICA. É a mesma votação que já elegeu diversos candidatos da oposição venezuelana) Assim, lá como aqui, as atas confirmam os relatórios das urnas. Uma confirmação que a direita tentou impedir de ser divulgada, tirando do ar o site do Conselho Eleitoral, com auxílio de empresas ligadas aos EUA.

Ora, Corina é uma Damares “piorada”, cassada eleitoralmente. Não merece crédito algum por querer produzir “atas próprias”, como faziam no passado de fraudes. É típica representante da extrema direita global que não admite derrota, e o Brasil está caindo em cilada ao dar crédito a esse tipo de balela. 

Com isso, dar-se-á margem para que novas derrotas da direita no Brasil sejam contestadas com violência, como já o fizeram.

Ao final, o que se constata é puro desespero de um império americano em decadência, com medo terrível do BRICS e que, por isso mesmo, faz uso de sua histórica ficha de crimes contra a Humanidade.

Nada foi dito sobre a ONU. Ela é inútil mesmo.

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