Com o encerramento das convenções partidárias, foram definidos também todos os nomes que disputarão uma vaga na Câmara de Divinópolis. E haja nomes. Além de 16 dos atuais vereadores da Câmara, muitos rostos conhecidos, mas a maioria busca o cargo pela primeira vez. Conforme a legislação eleitoral, cada partido tem direito a lançar o número total de vagas no Legislativo mais um. Assim, o limite em Divinópolis é de 18 candidaturas. Todos os partidos atingiram esta cota, com 12 homens e 6 mulheres nas chapas. Até 2021, esse teto era de 150% dos assentos legislativos, com as mudanças, o número de candidaturas reduziu de forma significativa. Não deixa de facilitar também para o eleitor, como ocorre na disputa pela Prefeitura com apenas duas chapas.
Quem diria
Que cerca de dois anos depois uma disputa carregada de ofensas e acusações pelo governo de Minas, o vencedor do embate Romeu Zema (Novo) e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (Republicanos), se juntaram para declarar apoio à candidatura do deputado Mauro Tramonte (Republicanos) à Prefeitura de BH. Estavam juntinhos na convenção realizada no último sábado. Situação inusitada que só os interesses da política explicam. Os se cumprimentaram logo no início do evento e trocaram algumas palavras como se fossem ‘companheiros’. Antes disso, o Novo de Zema havia indicado a ex-secretária de Planejamento Luísa Barreto do seu governo como candidata a vice-prefeita na chapa de Tramonte. Aproximação que promete render ainda mais, caso o candidato apoiado pelos dois seja eleito.
Na disputa
Ainda no assunto Romeu Zema e disputa de cargos políticos, ele deixou claro em evento na capital mineira que participará das eleições de 2026 e não descartou a Presidência da República. Durante almoço-palestra da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE), na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o governador também criticou a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o sigilo a dados e informações. E não poderia ser diferente. Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, não perde oportunidade de atacar o seu principal adversário. Resta saber como fará caso brigue pela principal cadeira do país, visto que o ex-presidente já tem seus nomes, dos quais indicará um, para a disputa de 2026.
Tem peso
Como era esperado, o eleitorado mineiro cresceu 2,25% em relação às eleições municipais de 2020. São 16.290.870 pessoas aptas a votar, conforme estatística do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E falando em Presidência da República em 2026, esse crescimento não deixa de ser pauta importante dos candidatos daqui a dois anos. Isso porque o Estado conhecido no Brasil pelo fato de somente Getúlio Vargas ter conquistado a Presidência sem ser o mais votado no em território mineiro. Desde a redemocratização, em 1985, todos os candidatos que conquistaram a Presidência dependeram dos votos dos de Minas. Por ser o segundo maior eleitorado do país, o voto dos mineiros têm peso significativo no pleito. Não por acaso, tanto atuais como ex-presidentes brigam por agendas em Minas.
No topo
A exemplo do restante do país, em Minas, há mais eleitoras do que eleitores. As mulheres são 52% hoje. Em 2020, eram 48%. Já nas últimas eleições presidenciais, em 2018, o estado contava com 53% de mulheres votantes e 47% de homens. Uma pena que esse resultado expressivo em todo pleito eleitoral não se transforma em mais cargos de chefia, mais ocupações igualitárias no mercado de trabalho e, principalmente, mais candidatas eleitas.