Da Redação
O clima no partido Republicanos é de desgaste e indefinição. A expectativa é que Alex Diniz, após deixar o partido, também renuncie à suplência do senador Cleitinho. O descontentamento de Diniz com a sigla tem origem no lançamento de uma chapa própria em Governador Valadares, enquanto ele defendia apoio ao pré-candidato a prefeito do PL. Até o momento, no entanto, não há oficialização.
Possível substituto
Caso Diniz renuncie à atribuição, Wander de Souza se torna o 1° suplente de Cleitinho no Senado. Wandinho, como também é conhecido, se disse “surpreso” com as notícias e, caso se concretizem, “é uma grande perda”. Ele manifestou seu respeito a Diniz.
— Não sei se o caminho que ele vai tomar é o certo, mas eu respeito a opinião dele — afirmou.
Novo e Republicanos
O desgaste não é recente. O partido Republicanos firmou acordo com o Novo para Luísa Barreto, do partido do governador, ser vice na chapa de Mauro Tramonte a prefeito.
O Novo publicou, nesta semana, uma nota informando desconhecer a filiação de Alexandre Kalil, então PSD, ao Republicanos antes do acordo ser firmado.
— Somente após o acordo firmado, todos foram surpreendidos com a filiação de Alexandre Kalil, nosso adversário político, ao Republicanos. Independentemente das decisões políticas de Kalil, com quem seguimos tendo profundas e irreparáveis divergências, o Novo manteve sua palavra e seu compromisso com a coligação e seu projeto para a Prefeitura de Belo Horizonte — publicou.
Kalil foi, em 2022, adversário de Romeu Zema na briga pelo governo de Minas Gerais, disputada da qual saiu derrotado.
A expectativa era, inclusive, que Cleitinho (Republicanos) apoiasse publicamente Tramonte. No entanto, o senador optou por apoiar Bruno Engler (PL).
— Desde quando eu fui candidato a senador, o primeiro que me estendeu a mão foi o Engler. Então, se ele estendeu para mim, eu vou estender as duas para ele agora. É questão de gratidão e caráter — afirmou durante a convenção do PL.
Na oportunidade, Azevedo também foi questionado pela imprensa sobre a chegada de Kali à sigla. Ele afirmou não ter sido consultado sobre o convite ao ex-prefeito de BH.
— O partido Republicanos é de quê? Vai fazer propaganda eleitoral agora falando que é conservador e de direita. (…) O Kalil, na última eleição, em 2022, teve o apoio do líder da esquerda maior do Brasil, que é o presidente Lula [PT].
Em sua avaliação, a questão é se o Kalil se tornou de direita ou se o Republicanos mudou para a esquerda.
Sobre a possibilidade de deixar o Republicanos, afirmou não ter fidelidade partidária.
— Então, daqui a algum tempo, se eles acharem que a forma que eu faço política incomoda eles, é só me pedir para sair
Como apoiou o PL na capital mineira, Diniz esperava a mesma atitude de Cleitinho em Governador Valadares, porém o senador optou por seguir o partido.