José Carlos de Oliveira
Sem deixar saudades
Chegou ao seu final mais uma edição dos jogos olímpicos, este ano realizados em Paris, e tirando a atuação das heroínas do esporte brasileiro – o show foi todinho delas, conquistando as únicas medalhas de ouro (três) – já terminaram tarde e, com certeza, não deixarão boas lembranças para quem ama realmente o esporte, e tem em Deus a sua força maior.
Show de aberrações
Para quem se arvora em dar ‘pitacos’ de como o resto do mundo deve se portar, os franceses deveriam cuidar da própria casa, para receber com dignidade os seus visitantes. E não foi isso que vimos nas últimas semanas, durante a disputa dos jogos de Paris, e o que é pior, com os ‘ditos cujos’ ainda tripudiando em cima da fé dos Cristãos.
Começaram já na cerimônia de abertura, com aquela cena grotesca, afrontando a fé de todos e seguiram adiante, dia após dia, tentando impor sua agenda progressista, sem se preocupar em oferecer o mínimo de conforto, dignidade e hospitalidade para com os atletas e os visitantes.
Além do lixo acumulado pelas vias e encostas, ainda tiveram a desfaçatez de obrigar atletas a competir em um rio poluído, o que levou muitos a passar mal, serem internados, e outros a desistir das provas. Uma vergonha total.
E teve mais…
…oh, se teve. No maior descaramento possível, obrigaram um surfista brasileiro (João Chianca, o Chumbinho – foto) a apagar a imagem do Cristo Redentor de suas pranchas e, acredite quem quiser, ainda queriam punir a nossa Fadinha (Rayssa Leal) somente porque está comemorou sua medalha falando em linguagem de sinais, que Jesus é o caminho, e a verdade, e a vida (Jo 14:6).
Querem mais ainda?
Pois teve sim, teve muito mais. No boxe empurraram goela abaixo das competidoras uma mulher com força de homem (o mesmo que já havia sido proibido de competir em torneios femininos pela organização mundial de boxe). E não deu outra: acabou ficando com a medalha de ouro, colocando fim ao sonho das atletas que se prepararam durante anos para viver aquele momento.
Último capítulo
E falando em Boxe, Paris foi o último capítulo de uma linda história. A baiana mais mineira de todas – Beatriz Ferreira – lutou seu último round nos jogos de Paris, mas a medalha de prata em Tóquio e agora a de bronze já a colocam na galeria dos maiores medalhistas do país. Uma pena que Bia agora encerrou seu ciclo olímpico e passa e se dedicar, de corpo e alma, ao boxe profissional.
Bem abaixo do esperado
Mas deixemos este show de horrores de lado, vamos ao que realmente interessa: a participação dos brasileiros, deixou sim muito a desejar neste ano e se não fosse pela presença das mulheres teria sido o maior desastre do século. E não me venham agora com desculpas, como vento e outras coisas mais. As adversidades eram para todos e venceu quem teve competência para tal.
Festa delas
Os três ouros – Rayssa Leal, Receba Andrade e Beatriz Souza – podem sim ser festejados pelas nossas heroínas, mas não podem nunca apagar o ‘fiasco’ da participação dos homens, que chegaram a Paris cantando alto e voltaram mudos para casa. Tirando alguns que ainda lutaram para fazer bonito, a maioria deles foi um desastre total.
E tem o futebol
E não podemos nunca deixar de falar no futebol. Com os homens fora dos jogos, sobrou para as meninas representarem o Brasil, e elas fizeram bem mais do que se poderia esperar delas. Entraram na disputa como ‘azarões’ e chegaram à final, com a medalha de prata, devendo sim, ser motivo de festa e orgulho para todas elas e como de resto para todos os brasileiros.
