Oportunidade de ouro

Agora é “real/oficial”, o período eleitoral é “logo ali”. A verdade é que nos bastidores as campanhas já estão a todo vapor, porém, a partir de sexta-feira, tudo estará “às claras”, de forma oficial para que os eleitores vejam.  250 candidatos a vereadores estão registrados, número que mostra uma redução de quase 100 candidatos, que vai de encontro a um ponto: o que a população tem a ganhar com isso? Muita, mas muita coisa mesmo! A começar por um ponto que muita gente já sabe, aliás, está “careca de saber”, é que 80% desses “concorrentes” são apenas para “encher linguiça”. Pode-se dizer que desse total, apenas 30 estão de fato disputando uma cadeira no Poder Legislativo e têm chance de ganhar. Os demais são apenas para cumprir o que determina a lei eleitoral. O fato é que com este número dá para “peneirar” melhor, e talvez, avaliar com um pouco mais de calma quem de fato preenche os pré-requisitos para assumir um cargo de tamanha importância e representar o povo. Afinal, muito distante do que muitos candidatos que seguirão na disputa imaginam, ser governante vai muito além de “ser legal”, de conhecer muita gente, de ser bonzinho. Representar um povo vai muito além de religião, e de crenças pessoais. 

O fato é que para representar um povo é preciso minimamente saber que existem regras. Que legislar não se resume a fazer ações sociais, mas sim, entender do que a cidade precisa, do que a população mais necessita, e o mais importante: ter um olhar que faz a diferença para a vida daqueles que os elegeram. Essa queda no número de candidatos dá mais fôlego para os mais de 170 mil eleitores divinopolitanos entenderem que política não se faz com o bom e velho “mas eu gosto do fulano”, “mas o fulano é legal”, “mas o fulano me deu isso ou aquilo”. Essa redução talvez dê ao eleitorado da cidade a chance de refletir e entender que quando a escolha é feita com paixão, com emoção, e sem o mínimo de raciocínio, a conta vem de qualquer jeito. E, geralmente quando ela chega, é bem salgada, e paga por todos. Quando a Câmara ou a Prefeitura são envolvidas em escândalos, não existe discurso politizado em rede social capaz de mudar a realidade. Afinal, o real chega, mais cedo ou mais tarde. Pode-se até tentar maquiá-lo, mas é como dizem por aí: a verdade sempre aparece. Passe o tempo que passar, mas ela chega. E, na maioria das vezes, vem esfregando na cara do povo a sua responsabilidade quando o assunto é coletivo, e escolher os seus representantes. 

É como dizem também: “não adianta chorar pelo leite” derramado. Então, o momento talvez seja agora. Sem tanta “encheção de linguiça”, os divinopolitanos podem ter em suas mãos uma oportunidade de ouro. A de avaliar com calma, e sem paixão as suas possibilidades. Seja para o Executivo ou para o Legislativo. Afinal, ambos devem ser independentes, porém harmônicos, levando sempre em consideração os interesses do povo em primeiro lugar — apesar de na prática todos saberem que não funciona assim. Então, que os eleitores saibam aproveitar esta oportunidade, que pode sim ser de ouro.

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