Faltam menos de 24 horas para o “play” oficial do período eleitoral, mas o “circo já está armado”. Sim! A “coisa” nem começou ainda, porém os – depois da meia noite – candidatos já estão a todo vapor transformando as eleições em um verdadeiro circo. A verdade é que além de desolador, a gente não sabe o que acha pior, se os candidatos conseguirem transformar o período eleitoral em um picadeiro, ou se os eleitores aplaudirem e acharem bonito tudo isso. É difícil conseguir dizer o que é pior neste cenário, que promete ser “daqueles” neste ano. Se por um lado não vão faltar ataques, fake news, vídeos, piruetas, cambalhotas, gente fingindo que a engrenagem está girando, um verdadeiro show de horrores, do outro a responsabilidade recai em dobro, em triplo para o eleitorado. Afinal de contas, é impossível alguém em sã consciência achar tudo isso lindo. Por mais que parte do Brasil se acostumou a ver este caos político e aplaudir, o fato é que não é mais possível admitir, e sequer normalizar este comportamento. Já não há mais tempo para tanto show, teatro e circo montado pelos candidatos.
O período eleitoral bate à porta, e a verdade escancarada é que todo esse espetáculo não leva ninguém a nada. Não traz desenvolvimento, saúde, educação, asfalto, melhorias… Tem apenas um objetivo: aumentar engajamento nas redes sociais. E, é neste ponto que vem a pergunta: engajamento muda o que na vida de cada um? Curtida, compartilhamento e comentários melhoram o quê na cidade? Lacrar na internet evolui em quê um povo? As respostas para essas perguntas estão aí, mais claras do que o “sol do meio dia”. E, não é preciso ser cientista político para tê-las. Basta deixar as paixões um pouco de lado para conseguir enxergar que todo este circo, as piruetas, cambalhotas, os discursos lindos nos vídeos, as trocas de acusações, e tudo o que tem sido feito durante as eleições, no fim das contas não valem de absolutamente nada. A vida segue normalmente o seu fluxo para o eleitorado, para quem coloca essa galera no poder.
Além de uma grande falta de respeito com os eleitores, esse picadeiro revela outro ponto: o amadorismo dos candidatos. E, claro, este cenário leva a um questionamento: como evoluir se o debate é pobre, é limitado, é antidemocrático, e muitas vezes feito com base em fake news? Como sonhar que um dia o Brasil será um país desenvolvido se as discussões não têm embasamentos e propósitos? Como acreditar em evolução se os candidatos, se os governantes não conseguem ir um pouco além do óbvio, do que já estão acostumados, e o debate não passa de um verdadeiro circo feito para enganar bobo? Essa é apenas mais uma conta que definitivamente não fecha por aqui. Afinal, não se pode falar em desenvolvimento, em evolução, quando todos estão focados em aparecer, em serem atores de circo, e não conseguem apresentar um debate forte e sadio, que tenha como propósito um povo em primeiro lugar.
