Ainda preferido em boa parte de Minas Gerais, o PT do presidente Lula que venceu no Estado nas últimas eleições presidenciais, assim como o PL de Bolsonaro, vai investir pesado nos candidatos do partido em solo mineiro. O carro-chefe do “patrocínio master” é a campanha do deputado federal Rogério Correia na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte que receberá repasses entre R$ 9 e R$ 11 milhões. As informações foram apuradas pela rádio Itatiaia. Mas, o dinheiro não vai parar na capital mineira. Os outros R$ 20 milhões vão para as campanhas de cidades consideradas prioritárias pelo PT em Minas, como Contagem, Juiz de Fora, Uberlândia, Montes Claros e Governador Valadares. Todas essas cidades têm mais de 200 mil habitantes e possibilidade da eleição ser decidida no 2º turno. O que é de praxe na política brasileira. Ninguém é bobo de investir onde não vem resultados e, principalmente, troca-troca.
Candidaturas
Dados disponíveis no Tribunal Superior Eleitoral, mostram que o PT oficializou até o momento, a candidatura de 138 prefeitos, 149 vice e 2.548 vereadores. Ao todo 2.835 candidatos petistas e mais um pouco — já que os registros de candidaturas fecham hoje —, vão disputar as eleições nas 853 cidades mineiras. Caso sejam investidos mesmo R$ 9 milhões na campanha de Correia, sobrariam R$ 21 milhões que seriam divididos para o restante? O que daria apenas R$ 7.407 para cada postulante ao Executivo. No entanto, tem os candidatos das cidades preferidas acima que, com certeza, vão receber bem mais. Os outros candidatos, em especial os de primeira viagem estariam insatisfeitos. Quando o assunto é dinheiro, claro que ninguém quer ficar para trás. Mas, neste caso, não é justo, mas previsível na política. Imagine os candidatos a vereador, então! Devem receber uma migalha.
Nenhum
Em Divinópolis, o partido não lançou chapa para a Prefeitura e deve apoiar Laiz Soares (PSD). Para Câmara são 6 e existem apostas de que pelo menos dois sejam eleitos. O presidente da sigla local é Manoel Cordeiro, mas não há um nome atualmente referência que ocupe um cargo de destaque. A exceção é Gleide Andrade, que, apesar de ser natural de São José dos Salgados, morou na e trabalhou na cidade e tem sido o elo entre o Município e o governo federal. Na atual legislatura, não há nenhum representante, como não houve na passada. Por isso, a aposta agora nos atuais postulantes pela sigla é grande.
Impeachment
Palavra comum que passeia pelos poderes do país nos últimos anos. A bola da vez é o ministro Alexandre de Moraes. Os senadores de oposição ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) preparam um pedido contra ele. O movimento acontece após a revelação do jornal ‘Folha de S. Paulo’ de que o ministro teria utilizado a estrutura do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para produzir provas que abasteceram o inquérito das fakenews contra aliados de Bolsonaro. Para Flávio Bolsonaro, “muito grave”. Supeito para falar, pois travaram várias “guerras”, mas não deixa de estar certo. Ninguém está livre de ser investigado e nem pode passar “por cima de tudo” por ter um cargo importante.
Vai aceitar?
A intenção é que o texto com as justificativas para o pedido seja apresentado no dia 9 de setembro ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), que tem a atribuição de aceitar, ou não, o pedido. O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) político por Divinópolis também faz parte do grupo que criticou duramente a atitude de Moraes e assinará o documento. Vale ressaltar que esse não é o primeiro pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes. De 2019 a 2023, foram protocolados 40 pedidos de impeachment contra ele no Senado, mas nenhum avançou até então. Ministros do STF podem sofrer pedidos de impeachment conforme o artigo 52 da Constituição Federal. Porém, se este for até o fim, será inédito na história do Brasil.
