Briga boa 

Não somente com a brava concorrência pelas vagas de vereador nestas eleições: 250 no total para 17 cadeiras. 14 por vaga. E não basta trabalhar muito, é uma espécie de loteria. É o que o sistema proporcional exige. O cálculo do quociente eleitoral e partidário com base nos votos válidos. Além disso, tem mais um fator que precisa ser considerado. Mesmo com o cálculo do quociente partidário e da votação mínima individual, ainda podem sobrar vagas. O remanescente é conhecido como “sobras eleitorais”, que podem beneficiar um postulante que não tenha tido a maior quantidade de votos da federação. Matemática que comprova a dificuldade de se conquistar uma vaga no Legislativo.  E olha que a quantidade de concorrentes em 2024 é a menor desde 2008, quando 274 candidatos brigaram por uma vaga na Casa legislativa divinopolitana. 2012 bateu recorde do período: 377. O que comprova que a dificuldade é tão grande quanto acertar em uma loteria. 

Só um 

E a disputa é ainda mais acirrada, visto que dos 17 atuais vereadores, 16 são candidatos à reeleição. Apenas Ademir Silva (PSDB), vice de Laiz Soares (PSD) na corrida à Prefeitura, não irá concorrer. Muitos afirmam que o fato de estarem exercendo o cargo, facilita na hora de ir à caça aos votos. Pode até ser, porque apareceram muito durante os mais de três anos e mesmo que pouco, conseguiram algum benefício, principalmente, para seu reduto eleitoral. No entanto, há aqueles que sofreram desgaste, tanto sendo situação ou oposição. Neste caso, a guerra com os que estão de fora e querem entrar é mais perigosa. Quem tiver mais bem preparado e “armado”, leva. Isso é fato. 

 Deixaram o plenário 

Pelo visto as discordâncias entre o Legislativo e Executivo estadual sobre o projeto que beneficia os servidores do Ipsemg, estão longe do fim. Exemplo disso aconteceu ontem, quando os  deputados de oposição e parte da base do governador Romeu Zema (Novo) deixaram o plenário para não votarem, em primeiro turno, a proposta, que muda as regras e aumenta a alíquota de contribuição da categoria. O projeto de lei, de autoria do governador, passou pelas comissões em primeiro turno e foi retirado da pauta antes do recesso do Legislativo, em julho. Na sessão desta quarta-feira, em que diversos projetos de lei foram votados, o deputado Sargento Rodrigues (PL) pediu que a matéria fosse deixada em último lugar na lista das propostas em votação e, quando chegou o momento de votar, pediu aos colegas que deixassem o plenário. Em sua alegação, o projeto é extremamente prejudicial aos servidores. Resultado: está parado mais uma vez. 

Prazo da Inelegibilidade 

Outra apreciação que chamou atenção nesta quarta, mas que foi apreciada, ocorreu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, quando foi aprovado o projeto de lei que muda o início da contagem do período de inelegibilidade dos políticos. Agora, a proposta seguirá para votação no plenário da Casa. Atualmente, parlamentares (vereadores, deputados e senadores) cassados por seus colegas ficam inelegíveis pelo restante do mandato e nos oito anos seguintes. O mesmo acontece com governadores, prefeitos e seus vices que forem cassados pelas assembleias legislativas ou câmaras de vereadores. Pelo texto, nesses casos, o prazo de inelegibilidade, que permanece sendo de oito anos, passará a ser contado imediatamente após a decisão que determinar a cassação. Já a inelegibilidade de políticos condenados por crimes comuns, como lavagem de dinheiro, passará a ser contada a partir da primeira decisão colegiada (por mais de um magistrado) do Judiciário. Atualmente, eles ficam impedidos de disputar eleições pelo período da pena ao qual foram condenados e por mais oito anos após seu cumprimento. Sabe aquela coisa de: falou, falou e não falou nada? É bem isso. O correto, em especial, na prática de crimes mais graves, é banir da política. Mas, como no Brasil sempre se dá um jeito de proteger quem está no poder, fica por isso mesmo. 

Estreia do ex 

E por falar em inelegível, o ex- presidente Jair Bolsonaro, deu às caras em Belo Horizonte para pedir apoio ao candidato a prefeito da capital, Bruno Engler. A estreia na campanha do deputado, é uma forma de suprir a sua ausência na convenção do Partido Liberal (PL) que lançou a candidatura dele à Prefeitura da capital.  Só que a aparição nesta terça-feira foi de forma virtual. Vídeos gravados com Bolsonaro foram publicados nas redes sociais do candidato. A estratégia de campanha de Engler é explorar a imagem do ex-presidente em uma série de vídeos em que ambos tratarão de assuntos voltados à realidade local, mesmo que de longe. Lideranças do PL apostam no crescimento de Engler, segundo lugar na pesquisa, e tentam trazer Bolsonaro a BH na primeira quinzena de setembro para  alavancar a campanha de vez.

Related posts

Lá vem 

Desenterrou 

Poder = a ter