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Falar, falar e falar

by JORNAL AGORA

Ah, as eleições… É impossível não chegar nesta época do ano e não falar, falar e falar sobre esse período de responsabilidades, onde a maioria delas recai sobre os eleitores. Falar, falar e falar na tentativa de mostrar outros cenários, outras perspectivas, e trazer um pouco de lucidez para este momento onde os nervos estão exaltados e à flor da pele. Falar exaustivamente no intuito de fazer com que essa polarização traga o mínimo possível de impacto. Mesmo sabendo que tudo pode não passar de uma utopia, a verdade é que é preciso falar, falar e falar sobre política e o período eleitoral. Sobre a importância também de em cada debate se manter o respeito, e não se deixar perder a consciência de que a pluralidade existe, é necessária, e que da mesma forma que um tem o direito de pensar, e de se expressar (dentro do que a lei permite), o outro também tem. Afinal, é como dizem: o meu direito termina quando o do outro começa. E, como todos já sabem, as eleições estão a todo vapor. Tem gente trabalhando por todos os cantos. Sem sombra de dúvidas em cada canto das cidades brasileiras existe um candidato a prefeito e/ou a vereador fazendo campanha, pedindo votos, articulando… Cumprindo o papel que a política neste período exige. 

E, como todos também já sabem, e muito bem, de uns tempos para cá, infelizmente a violência tem se feito presente durante as eleições. Incapazes de respeitar opiniões contrárias, e entender que a democracia é feita justamente disso, do direito à pluralidade, assim como determina o inciso quinto do artigo primeiro da Constituição Federal: “Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: V – o pluralismo político”, boa parte da população tem buscado caminhos extremos e mostrado o quanto o Brasil ainda precisa evoluir quando o assunto é política. O fato é que por mais que o povo brasileiro se acostumou a lidar com a violência, assim como a falta de estrutura na saúde, na educação, e em diversos outros setores, e se conformou com discursos bonitos e vídeos na internet, não é possível admitir essa normalização da violência na política. Por mais que alguns candidatos até mesmo fomentem, incentivem este tipo de comportamento, não é aceitável que a população o multiplique, pois no final de tudo quem paga a conta é o próprio povo, que segue trabalhando de sol a sol para sustentar que estará no poder. 

Falar, falar e falar é a única opção que se tem agora. É a esperança que o ditado “água mole em pedra dura tanto bate até fura” se faça real. É o desejo de que dessa vez uma luz se acenda, e tudo mude gritando aos quatro cantos. Afinal, de nada adianta querer evoluir, querer desenvolver, fazer discursos dignos de Oscar na internet, quando se tem a oportunidade de fazer diferente se manter a mesma postura. Neste momento, quando os ânimos estão exaltados, e as paixões afloradas, talvez falar seja ainda o melhor caminho para pedir: que todos façam a melhor escolha, mas sem violência, pois a democracia é feita da pluralidade.

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